Advogado de Diddy abandona caso de forma abrupta com declaração chocante

por Lucas Rabello
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Um novo capítulo surpreendente no caso judicial de Sean Combs, mais conhecido como Diddy, acaba de ser aberto. Anthony Ricco, um dos advogados que integrava a equipe de defesa do rapper, pediu para ser retirado do processo faltando pouco menos de três meses para o início do julgamento, marcado para 5 de maio. O pedido formal de Ricco para deixar o caso foi registrado em 20 de fevereiro, segundo documentos judiciais, e gerou repercussão imediata devido à proximidade da data do júri.

No documento, Ricco afirmou que foi contratado por Combs em 22 de setembro de 2024 para representá-lo e que, desde então, atuou como parte da defesa. No entanto, após conversas com Mark Agnifilo, o principal advogado do artista, ambos concordaram que a saída de Ricco seria a melhor decisão. O profissional citou “razões relacionadas à proteção do sigilo entre advogado e cliente” e mencionou padrões éticos da Associação Americana de Advogados (ABA, na sigla em inglês) como motivos para não detalhar publicamente os fatores exatos da decisão.

Ricco destacou que sua retirada não causará atrasos no cronograma do julgamento e garantiu que Combs continuará sendo representado por outros cinco advogados. “Em nenhuma circunstância posso continuar a servir como conselheiro de Sean Combs de maneira eficaz”, escreveu ele, sem entrar em detalhes sobre os conflitos internos que levaram ao desligamento. O pedido foi aprovado pela Justiça, mantendo o início da seleção do júri e o julgamento em maio.

Sean 'Diddy' Combs fotografado em Beverly Hills em 2023

Sean ‘Diddy’ Combs fotografado em Beverly Hills em 2023

O caso contra Diddy começou a ganhar contornos dramáticos em setembro de 2023, quando o artista foi preso no Hotel Park Hyatt, em Manhattan, após denúncias de tráfico sexual e racketeering (crime organizado). O rapper, de 55 anos, foi formalmente acusado por um grande júri por supostamente coordenar um esquema que envolvia aliciamento, transporte interestadual e internacional de profissionais do sexo, além de coerção para que vítimas participassem de atos sexuais coletivos, chamados por ele de “freak offs”.

De acordo com a acusação, Combs usou sua influência e recursos financeiros para atrair mulheres sob a promessa de relacionamentos românticos ou oportunidades profissionais, manipulando-as para integrar seu “círculo íntimo”. O documento judicial afirma que ele contava com uma rede de colaboradores para isolar as vítimas, aplicar táticas de intimidação e forçá-las a situações degradantes. As alegações incluem ainda o uso de drogas para facilitar a exploração.

Desde a prisão, Diddy permanece detido em uma cela em Nova York, aguardando o julgamento. Ele nega todas as acusações e insiste em sua inocência. A defesa, agora liderada por Agnifilo, argumenta que as provas apresentadas pelo Ministério Público são frágeis e que o caso se baseia em testemunhas não confiáveis.

O processo é considerado um dos mais complexos da carreira do músico, que já enfrentou outras investigações por violência e assédio nos últimos anos. A saída de Ricco, porém, não é vista como um indicativo direto de mudança na estratégia da defesa, já que a equipe jurídica continua numerosa e com experiência em casos de alto perfil.

Enquanto o tribunal prepara os detalhes finais para o julgamento, a imprensa e o público acompanham cada movimento. O caso reacende debates sobre abuso de poder na indústria do entretenimento e a responsabilidade de figuras públicas em casos de violação de direitos humanos. Com a data marcada, os holofotes seguirão voltados para o tribunal de Nova York, onde o destino de um dos nomes mais influentes do hip-hop será decidido.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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