Um novo documentário da Netflix, Avicii: Meu Nome é Tim, oferece um olhar íntimo sobre a vida de Tim Bergling, mais conhecido como Avicii, por meio de gravações pessoais e arquivos privados. O documentário, que estreou em 31 de dezembro, narra a jornada do artista desde seu nascimento em Estocolmo, em 1989, até sua trágica morte em Omã, em 2018.
O músico sueco, que alcançou reconhecimento mundial em 2011 com hits como Levels e o álbum True, manteve uma agenda exaustiva, realizando cerca de 800 shows ao longo de seis anos no auge de sua carreira. Apesar do sucesso estrondoso, os diários pessoais de Bergling, publicados na biografia Tim — A História Oficial de Avicii, escrita por Måns Mosesson, revelam uma luta complexa contra a fama e o vício.
“Foi difícil aceitar nunca mais beber, embora todos os médicos recomendassem esperar pelo menos um ano antes de sequer tomar uma cerveja”, escreveu Bergling em uma das entradas. “É claro que não ouvi a maioria dos médicos, mas sim os poucos que disseram que estava tudo bem, desde que tomasse cuidado.”
A batalha do DJ contra a pancreatite aguda, que o levou a internações em 2012 e 2013, acabou proporcionando um alívio inesperado de sua exaustiva agenda de turnês. Em seu diário, ele observou: “Aqueles dias no hospital foram os mais livres de ansiedade e estresse que consigo lembrar nos últimos seis anos, essas foram minhas verdadeiras férias, por mais deprimente que isso possa parecer.”
Bergling buscou conforto na meditação, seguindo as práticas de Maharishi Mahesh Yogi, embora meditasse por horas, muito além dos 20 minutos recomendados. Suas anotações durante esse período capturam sua experiência: “Parece que estou em um novo modo padrão de ser, que é muito novo e um pouco assustador. Parecia que os medos dos últimos dias causaram estragos em mim, mas me lembro da dica de focar na respiração.”
O documentário apresenta a história de Bergling por meio de sua própria narração, oferecendo um acesso sem precedentes aos seus pensamentos e experiências mais íntimos. A Netflix descreve o filme como uma história improvável de um garoto tímido e inseguro que, sem perceber, se tornou um dos artistas mais amados do mundo. Por meio de entrevistas com familiares, colegas de profissão e amigos próximos, os espectadores têm a oportunidade de conhecer o verdadeiro Tim por trás do nome Avicii.
O artista já havia expressado abertamente que se sentia mais feliz antes de alcançar a fama. Sua luta contra problemas de saúde mental e o vício em analgésicos persistiu ao longo de sua carreira, culminando em sua morte aos 28 anos. Sua última entrada no diário dizia: “O desprendimento da alma é o último apego, antes de recomeçar!”
O documentário Avicii: Meu Nome é Tim já está disponível na Netflix, oferecendo ao público uma visão abrangente sobre a vida desse influente artista da música eletrônica.