A quantidade chocante que 5 bilionários perderam juntos desde que foram na posse de Trump

por Lucas Rabello
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A posse de Donald Trump para seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro, foi um evento repleto de holofotes — e não apenas por suas polêmicas medidas iniciais, como a imposição de tarifas comerciais altas, a proibição da bandeira LGBTQ+ em prédios federais e a definição oficial de gênero como apenas “masculino” e “feminino”. Nos bastidores, cinco dos homens mais ricos do planeta chamaram atenção: Elon Musk, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, Bernard Arnault e Sergey Brin estavam presentes, apoiando a cerimônia. Na época, a presença deles parecia estratégica, mas o que se seguiu revelou um cenário imprevisível para suas fortunas.

Nos primeiros dias após a posse, o otimismo dos investidores com as políticas de Trump impulsionou o mercado financeiro. O índice S&P 500, que mede o desempenho das 500 maiores empresas dos EUA, atingiu máximas históricas. Empresas como a Tesla, de Elon Musk, viram suas ações dispararem, enquanto a Meta, de Zuckerberg, registrou alta de 29%. A LVMH, conglomerado de luxo de Bernard Arnault, também teve ganhos de 7%. A euforia, porém, durou pouco. Sete semanas depois, o mesmo índice S&P 500 despencou quase 7%, e o grupo de bilionários perdeu, juntos, impressionantes 209 bilhões de dólares em patrimônio líquido.

Elon Musk, CEO da Tesla e figura central no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) durante o governo Trump, foi o mais atingido. As vendas da Tesla na Alemanha caíram mais de 70% após a posse, reflexo que analistas associam à ligação pública do empresário com o político. O prejuízo chegou a 145 bilhões de dólares, reduzindo drasticamente sua fortuna. Enquanto isso, Jeff Bezos, fundador da Amazon, enfrentou quedas de 15% nas vendas da empresa, mesmo após doar 1 milhão de dólares para a cerimônia de posse. A perda de Bezos foi estimada em 31 bilhões de dólares.

Sergey Brin, cofundador do Google (Alphabet Inc.), viu suas ações caírem mais de 7% depois que a empresa não atingiu as expectativas de receita trimestral. O prejuízo chegou a 23 bilhões de dólares. Já Mark Zuckerberg, da Meta, perdeu 8 bilhões de dólares com a queda de 21% no índice The Magnificent Seven, que reúne gigantes de tecnologia. Por fim, Bernard Arnault, dono da LVMH — responsável por marcas como Louis Vuitton e Bulgari —, enfrentou tarifas de 10 a 20% sobre produtos de luxo europeus, medida ordenada por Trump. Isso impactou vendas já enfraquecidas, resultando em perda de 5 bilhões de dólares.

Os números, compilados pelo Bloomberg Billionaires Index, mostram como o mercado reagiu de forma volátil às políticas de Trump. Inicialmente, investidores apostaram em crescimento econômico acelerado, especialmente em setores de tecnologia e comércio. Contudo, as tarifas internacionais, somadas a medidas controversas, geraram incerteza global. O valor de mercado combinado das empresas desses bilionários caiu 1,43 trilhão de dólares no período, evidenciando os riscos de alinhar interesses empresariais a agendas políticas polarizadoras.

Enquanto Musk continuou atuando no DOGE, promovendo cortes de gastos públicos, os demais bilionários mantiveram perfis mais discretos após as perdas. O caso ilustra um paradoxo comum em tempos de instabilidade: mesmo os mais ricos não estão imunes aos altos e baixos de decisões governamentais — especialmente quando o cenário político divide opiniões e mercados.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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