A previsão de Stephen Hawking sobre o fim do mundo pode estar chegando mais cedo do que imaginamos

por Lucas Rabello
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Stephen Hawking, uma das mentes mais brilhantes da física, deixou para a humanidade um alerta contundente sobre o futuro da Terra, que continua a fomentar debates científicos. Nos seus anos finais, o renomado matemático e físico de Cambridge apresentou uma análise detalhada da trajetória da humanidade no Tencent WE Summit em 2017.

“Este crescimento exponencial não pode continuar no próximo milênio”, declarou Hawking através de sua voz gerada por computador. Ele projetou que, por volta do ano 2600, aproximadamente daqui a 600 anos, o crescimento populacional e os padrões de consumo de energia da Terra poderiam levar a consequências catastróficas. “No ano 2600, a população mundial estaria ombro a ombro, e o consumo de eletricidade faria a Terra brilhar em vermelho”, explicou ele.

O cálculo por trás dessa previsão surgiu de sua observação de que a população global estava dobrando aproximadamente a cada 40 anos. Essa taxa de crescimento, combinada com a crescente demanda por energia, levou-o a descrever um futuro para a Terra como uma “bola de fogo gigante” – a menos que mudanças significativas fossem implementadas.

Embora relatos recentes sugerissem que a NASA havia confirmado as previsões de Hawking, a agência espacial negou explicitamente ter feito tais afirmações. Um porta-voz da NASA disse à Newsweek: “A NASA não fez essa afirmação.” No entanto, a agência reconheceu a importância de estudar ameaças globais, afirmando: “Por mais de 50 anos, a NASA tem estudado nosso planeta natal, fornecendo informações que beneficiam diretamente a humanidade e produzindo observações que só podem ser feitas no espaço.”

Sua previsão sobre o nosso futuro foi angustiante.

Sua previsão sobre o nosso futuro foi angustiante.

Em uma entrevista à BBC em 2016, Hawking elaborou suas preocupações: “Embora a chance de um desastre para o planeta Terra em um determinado ano possa ser bastante baixa, ela se acumula ao longo do tempo e se torna quase certa nos próximos mil ou 10.000 anos.” Ele identificou várias ameaças específicas à civilização humana, incluindo aquecimento global, mudanças climáticas e o efeito estufa como fatores principais que poderiam levar à deterioração da Terra.

Além das preocupações ambientais, Hawking também destacou outras ameaças existenciais potenciais para a humanidade. Ele apontou especificamente três riscos maiores: guerra nuclear, desenvolvimento da inteligência artificial e pandemias globais. Seus alertas sobre pandemias se mostraram particularmente prescientes, dados os eventos globais subsequentes.

As previsões do cientista baseavam-se em projeções matemáticas e observações científicas das tendências atuais de crescimento populacional, consumo de recursos e desenvolvimento tecnológico. Esses cálculos sugerem que, sem mudanças significativas no comportamento humano e na gestão de recursos, a capacidade da Terra de sustentar a civilização humana pode ser severamente comprometida nos próximos séculos.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.