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A capital de um país, apesar de nem sempre se tratar da cidade mais importante do ponto de vista histórico, possui uma grande relevância para qualquer nação. E o Egito possui planos ambiciosos para construir uma nova capital, retirando o título da cidade do Cairo, capital do país desde o ano 969.
Ainda sem nome, a nova cidade deverá ajudar a desafogar a capital egípcia, que atualmente possui cerca de 20 milhões de habitantes em toda a sua região metropolitana. O projeto de construção da nova capital foi anunciado em 2015, e encontra-se atualmente em processo de execução. A nova capital deverá ficar localizada a cerca de 45km do Cairo.
E para que os planos do general Abdel al Sisi, presidente do Egito, pudessem sair do papel, foi importantíssima a participação de um grande investidor: a China.
O país asiático, que vem demonstrando grande interesse em investir em economias emergentes, vê na nova capital egípcia uma grande oportunidade de crescimento. Segundo fontes da imprensa, o governo do Egito negociou um investimento de aproximadamente 20 bilhões de dólares por parte da empresa pública China Fortune.
Além disso, grande parte dos 3 bilhões de dólares que foram necessários para a construção do distrito financeiro da nova capital teriam sido fornecidos por bancos chineses, que também têm interesse na construção da nova cidade. É claro que todo esse investimento não vem de graça. O dinheiro da China servirá, entre outras coisas, para fortalecer os laços entre o governo chinês e o Egito, país considerado como uma das economias mais fortes da África. A ajuda do governo chinês, acredita-se, dará à China maior controle e influência econômica sobre o Egito. Atualmente, estima-se que os egípcios tenham um déficit comercial de 11 bilhões de dólares com o país asiático.
Localizada entre a cidade do Cairo e o porto de Suez, de grande relevância comercial, estima-se que a nova capital possa ter uma influência muito grande na economia do país.
O governo egípcio atualmente corre contra o tempo para inaugurar de forma definitiva a sua nova capital, que já está em vias de ser entregue à população. O presidente do país participou recentemente da inauguração de uma mesquita e uma catedral na nova cidade, e a tendência é que a Esplanada dos Ministérios também seja concluída em breve. A Esplanada contará com uma série que construções que lembram os antigos templos faraônicos. Já no distrito comercial da cidade, uma grande torre, com 385 metros de altura, está sendo construída e deverá ser concluída em 2023.
A tecnologia também é um ponto que chama muita atenção no ambicioso processo egípcio. Com a ajuda do investimento chinês, os egípcios investiram forte na segurança e no monitoramento da nova cidade. A capital contará com diversos centros de controle, que terão o objetivo de monitorar toda a infraestrutura e segurança da metrópole. Além disso, grande parte dos telhados serão cobertos com painéis solares, que ajudarão na geração de energia.
E falando em painéis solares, apesar da nova capital egípcia não abrir da tecnologia de ponta, o cuidado com o meio-ambiente e com as questões ambientais é bastante visível no novo projeto. Além de optar pela geração de energia sustentável, a nova capital do Egito também pretende possuir 15 metros quadrados de área verde para cada habitante.
Ao todo, a nova cidade deverá acomodar seis milhões e meio de habitantes. Para isso, serão construídos dez mil quilômetros de estradas, para interligar a nova capital às maiores cidades do país. Além disso, deverão ser gerados quase 2 milhões de empregos na capital.
Não existe uma previsão exata para a inauguração da cidade, mas o governo egípcio pretende concluir as construções até o final de 2021.