A Netflix transformou uma série cancelada em uma das mais assistidas do mundo

por Lucas Rabello
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Em um universo repleto de serviços de streaming, a Netflix se consolidou como uma verdadeira heroína para fãs de séries canceladas. Um exemplo marcante é o caso de Manifest, thriller sobrenatural que quase desapareceu para sempre após três temporadas. Em 2021, a NBC decidiu encerrar a produção, deixando os espectadores com um suspense insuportável no final da terceira temporada. Mas, assim como fez com Lucifer em 2018, a Netflix entrou em cena para ressuscitar a história e dar um final digno aos fãs.

A trama de Manifest gira em torno de um grupo de passageiros que embarca em um voo da Jamaica para Nova York. O que parecia uma viagem comum se transforma em um mistério inexplicável: ao pousar, todos descobrem que se passaram cinco anos desde a decolagem. Para o mundo, eles estavam mortos. Enquanto tentam reconstruir suas vidas, os personagens passam a experimentar visões e fenômenos sobrenaturais, desvendando aos poucos o enigma por trás do “voo desaparecido”.

A quarta e última temporada de Manifest chegou em 2023 (captura de tela Netflix/YouTube)

A quarta e última temporada de Manifest chegou em 2023 (captura de tela Netflix/YouTube)

A terceira temporada terminou com um cliffhanger angustiante, mas a NBC não teve piedade: cancelou a série dias depois. Foi quando a Netflix agiu. A plataforma não apenas adquiriu os direitos dos episódios já existentes, como também anunciou a produção de uma quarta temporada, dividida em duas partes, para concluir a narrativa. A jogada não só salvou a série, como a transformou em um fenômeno global.

Melissa Roxburgh, que interpreta a detetive Michaela Stone, revelou que a equipe ficou chocada com o resgate. Ao ver Manifest entre sucessos como Ozark e Better Call Saul no catálogo da Netflix, ela não acreditou. “Mandei uma mensagem para Jeff Rake, o criador, e disse: ‘Ligue sua TV!’. Nós dois estávamos em choque. De onde isso surgiu?”, contou ela em entrevista ao The Hollywood Reporter.

A atriz também lembrou os desafios de filmar a terceira temporada durante a pandemia. “Foi horrível. Estávamos no auge da Covid-19, então não pudemos fazer festas de encerramento ou comemorar. Terminamos as gravações e pronto. Se a série tivesse acabado ali, seria deprimente. A Netflix não só nos trouxe de volta para finalizar a história, mas também nos deu a chance de uma despedida adequada”, explicou.

O sucesso foi imediato. Em pouco tempo, Manifest alcançou o primeiro lugar no ranking global da Netflix, com mais de 57 milhões de horas assistidas em uma semana – um recorde anunciado oficialmente pela plataforma nas redes sociais. Os fãs comemoraram. “Merecidíssimo!”, escreveu um usuário. “Melhor série do momento, amo demais!”, comemorou outro.

O caso de Manifest reforça o poder da Netflix em identificar histórias com potencial e ouvir o público. Enquanto canais tradicionais muitas vezes interrompem narrativas por questões comerciais, a plataforma usa sua influência para dar sobrevida a produções amadas – e colher os frutos. Para os fãs, a lição é clara: mesmo quando uma série parece perdida, a esperança pode vir de um simples logotipo vermelho na tela.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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