Várias tribos amazônicas acreditam na existência do mapinguari, uma espécie de preguiça gigante que supostamente vive nas profundezas da selva.
Segundo os relatos, essa fera tem mais de 2 metros de altura, tem pelos emaranhados e exala um cheiro horrível. Ele também é descrito como tendo apenas um olho. No entanto, o mais representativo (e apavorante) do mapinguari é seu ventre, no qual se projeta uma boca aberta, pronta para devorar o que vier pela frente.
Quem afirma ter visto, diz que a fera costuma ser mais agressiva com as pessoas que maltratam o meio ambiente e a selva amazônica. Por isso, o mapinguari também é considerado uma espécie de guardião da natureza.
Diz também a lenda do folclore que os Mapinguari têm aversão à água, por isso costumam ficar nas matas onde a terra é seca. A lenda do mapinguari se destaca nas regiões amazônicas de países como Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela.
A lenda do mapinguari
Rezam as lendas que antes de ser animal, o mapinguari era pajé. Este homem de grande sabedoria descobriu o segredo da imortalidade. Quando descobriram, os deuses o puniram severamente e o transformaram em um monstro errante pelo resto da eternidade.
O mapinguari só pode ser morto com um tiro na cabeça, o que é quase impossível porque o cheiro do mapinguari é tão ruim que pode desorientar e deixar as pessoas inconscientes.
O que a ciência diz sobre o mapinguari
Os biólogos passaram muito tempo procurando ossos, excrementos e outras evidências do mapinguari em áreas remotas da floresta tropical. Na ausência de evidências conclusivas, até agora tudo parece indicar que se trata de uma lenda do folclore amazônico ou de antigas memórias de uma preguiça gigante extinta há cerca de 12 mil anos.
“Está bem claro para mim que a lenda do mapinguari é baseada no contato humano com as últimas preguiças terrestres”, disse o cientista David Oren ao The New York Times em 2007. “Sabemos que espécies extintas podem sobreviver como lendas por centenas de anos”.
Em 2011, uma expedição (o Projeto Espanhóis dos Grandes Macacos (PGS)) foi organizada com o objetivo de encontrar o mapinguari e, assim, esclarecer o mistério que cerca a criatura.
O diretor-executivo do referido projeto, Pedro Terrados, explicou na época à EFEverde que havia cientistas brasileiros que apoiavam os avistamentos das populações indígenas locais desse animal e consideravam a existência do mapinguari como certa.
O explorador do PGS Jorge Salinas, autor do livro Amazonas: Parque do Pleistoceno?, supostamente teve encontros com a criatura e até gravou seus gritos. O pesquisador descreveu um ser de cerca de três metros e enormes garras, pertencente à espécie pleistocênica xenarthra pilosa (Megalonyx wheatleyi), uma “grande preguiça terrestre, considerada extinta há 13 mil anos”.
Por outro lado, exploradores encontraram fósseis de uma preguiça gigante conhecida como Megatério na Amazônia. Esse animal está extinto desde o fim da última Idade do Gelo. Mas é possível que as histórias sobre a existência da besta tenham sido transmitidas por milhares de anos e passadas de geração em geração, claro que com muitos e muitos exageros.