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A cidade que perdeu toda sua população em um só dia

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Entre tantas cidades abandonadas que existem no mundo, podemos dizer que a história de Oradour-sur-Glane é uma das mais terríveis. O local já não é habitado há 75 anos e não porque seus moradores a abandonaram.

Eles foram, simplesmente, massacrados.

Durante um único dia, em 10 de junho de 1944, 642 vidas foram ceifadas – e nem as construções da vila foram poupadas.

Oradour-sur-Glane

Os responsáveis? Foram os soldados nazistas da Waffen-SS que invadiram o local poucos dias após o desembarque das tropas aliadas na Normandia, que ocorreu em 6 de junho de 1944, data conhecida como o “Dia D”.

A vila era habitada por moradores comuns e não tinha, exatamente, uma razão ou motivo estratégico para ser capturada, sendo esse um dos maiores ataques cometidos por nazistas contra civis em toda a guerra.

Agora, vem a parte pior da atrocidade.

Após invadiram a vila, os soldados simplesmente fuzilaram todos os homens e ordenaram que as mulheres e crianças se reunissem dentro de uma igreja no centro do povoado.

Oradour-sur-Glane

 Então, eles atearam fogo no templo e quem estava ali agonizava, queimando até a morte. E os que tentavam fugir? Esses foram simplesmente metralhados…

Como se não bastasse essa crueldade, depois do fogo ter se dissipado, eles fizeram uma varredura minuciosa no local, para que não sobrasse simplesmente ninguém.

Oradour-sur-Glane

Mas, sem sobreviventes não haveria história, não é mesmo?

Morreram 642 pessoas, mas uma corajosa mulher conseguiu pular, sem ser percebida, por uma das janelas da igreja. Ela é até hoje conhecida como a única sobrevivente ao massacre, embora existam teorias e suposições de que 3 ou 5 outras pessoas teriam conseguido fugir a tempo.

Oradour-sur-Glane

As ruínas queimadas estão até hoje intocadas, junto com os pertences dos antigos moradores: panelas, máquinas de costura, carros e muito mais…. a decisão de deixar a vila ali partiu do presidente francês da época, que decidiu transformá-la em uma vila memorial.

O vazio melancólico deixado pelas ruínas deixam a triste memória das pessoas que um dia ali viveram, e o horror que precisaram enfrentar perto do final do maior conflito que o mundo já vivenciou: a Segunda Guerra Mundial.

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