A embaixada brasileira no Líbano emitiu um alerta instando os cidadãos a considerarem deixar o país como medida de precaução. O aviso, publicado no site da embaixada, desaconselha viagens ao sul do Líbano, áreas de fronteira e outros locais considerados de alto risco.
O alerta foi divulgado na quinta-feira, 1º de agosto, após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã. Este incidente aumentou as tensões no conflito armado em curso que já causou mais de 40.000 mortes desde outubro do ano anterior. Haniyeh era conhecido por defender um cessar-fogo no conflito.
Em sua declaração, a embaixada brasileira enfatizou seu compromisso em monitorar as crescentes tensões regionais e fornecer o suporte necessário à comunidade brasileira no Líbano. A embaixada recomenda fortemente evitar a participação em protestos ou grandes aglomerações.
O aviso inclui uma lista de recomendações específicas para os cidadãos brasileiros:
- 1. Aqueles que não estão atualmente no Líbano são aconselhados a evitar viagens ao país.
- 2. Brasileiros que residem ou estão visitando o Líbano devem considerar deixar o país por seus próprios meios até que a situação se normalize.
- 3. Se a viagem ao Líbano for necessária, os indivíduos devem evitar as regiões do sul, áreas de fronteira e zonas declaradas de alto risco.
- 4. Medidas de segurança reforçadas devem ser adotadas, especialmente no sul do Líbano e em áreas de fronteira.
- 5. Abster-se de participar de reuniões ou protestos.
- 6. Manter-se informado sobre a situação atual e seguir os anúncios nos canais da embaixada.
- 7. Garantir que os passaportes tenham pelo menos seis meses de validade restante.
- 8. Portar um documento de identificação brasileiro ou uma carteira de identidade brasileira ou libanesa.
- 9. Manter os registros consulares atualizados.
Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido também emitiram avisos a seus cidadãos, instando-os a deixar o Líbano o mais rápido possível. Esses avisos foram divulgados no sábado, 3 de fevereiro, em meio a crescentes preocupações com uma possível guerra entre Israel e Hezbollah. Autoridades alertaram sobre “consequências imprevisíveis” e uma situação regional deteriorante.
Nas primeiras horas do domingo, 4 de fevereiro, o Hezbollah lançou dezenas de foguetes em direção ao norte de Israel, exacerbando ainda mais as tensões.
A embaixada dos EUA em Beirute usou o Twitter/X para informar os cidadãos americanos de que, embora os bilhetes aéreos estejam se tornando escassos, as opções de transporte comercial para sair do Líbano ainda estão disponíveis. A embaixada incentivou aqueles que desejam partir a reservar qualquer bilhete disponível, mesmo que não corresponda à rota ou ao horário de partida preferidos.
Para aqueles que optarem por permanecer no Líbano, a embaixada dos EUA aconselhou a preparação de planos de contingência e estar pronto para se abrigar no local por um período prolongado, se necessário.
O chanceler britânico David Lammy emitiu um severo aviso sobre os riscos de permanecer no Líbano, afirmando: “Minha mensagem aos cidadãos britânicos lá é clara: saiam agora.” Ele enfatizou que as tensões estão altas e a situação pode se deteriorar rapidamente.
A recente escalada segue a morte de Ismail Haniyeh em Teerã. Tanto o Irã quanto o Hamas atribuíram o assassinato a Israel, embora Israel ainda não tenha comentado sobre o ataque. O Irã, um aliado do Hamas e do Hezbollah, baseado no Líbano, prometeu retaliação contra Israel.
A situação no Líbano e na região circundante permanece volátil, com missões diplomáticas e governos monitorando de perto os desenvolvimentos e atualizando seus avisos de viagem conforme necessário. Cidadãos de várias nacionalidades no Líbano estão sendo instados a permanecer vigilantes, seguir as orientações de suas respectivas embaixadas e considerar deixar o país, se possível.