Celine Dion, a amada cantora canadense, fez um retorno espetacular na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024. No dia 27 de julho, a estrela de 56 anos apresentou uma performance deslumbrante de “L’Hymne A L’Amour” de Edith Piaf, a partir da icônica Torre Eiffel. Esta foi sua primeira aparição pública desde que se afastou dos holofotes em 2021 devido a problemas de saúde.
A ausência de Celine Dion dos palcos foi causada por uma condição rara chamada Síndrome da Pessoa Rígida (SPR). Esta desordem neurológica afeta principalmente mulheres na faixa dos 40 e 50 anos, causando rigidez muscular, espasmos e respostas exageradas ao susto que podem levar a quedas. O diagnóstico a forçou a cancelar tanto sua residência em Las Vegas quanto sua turnê mundial Courage.
Em seu recente documentário no Amazon Prime, “I Am: Celine Dion,” a cantora ofereceu aos fãs um olhar íntimo sobre suas lutas contra a SPR. O filme, que recebeu uma classificação perfeita de 100% no Rotten Tomatoes, mostra a honesta retratação de Dion vivendo com uma doença que altera a vida.
Determinada a fazer seu retorno, Dion embarcou em um programa intensivo de reabilitação. Em uma entrevista para a Vogue francesa, ela revelou sua rotina diária de terapia física e vocal. “Há uma coisa que nunca vai parar, e é a vontade. É a paixão. É o sonho. É a determinação,” explicou Dion. Ela enfrentou uma escolha: ou treinava rigorosamente como uma atleta ou desistia completamente. Dion escolheu lutar, trabalhando com uma equipe médica para melhorar sua condição.
Seu objetivo era claro: “Eu quero ser o melhor que eu posso ser. Meu objetivo é ver a Torre Eiffel de novo!” Este sonho se tornou realidade quando ela subiu ao palco na cerimônia de abertura das Olimpíadas.
Após sua performance, Dion foi ao Twitter para expressar sua gratidão e apoio aos atletas. Ela escreveu: “Mais do que tudo, estou tão feliz por estar celebrando esses incríveis atletas, com todas as suas histórias de sacrifício e determinação, dor e perseverança.” Ela acrescentou: “Vocês todos devem estar tão orgulhosos, sabemos o quanto vocês trabalharam duro para serem os melhores dos melhores. Mantenham o foco, continuem, meu coração está com vocês!”
A jornada de Dion serve como inspiração para muitos. Apesar de enfrentar um diagnóstico desafiador, ela se recusou a deixar que isso definisse sua carreira.
A Síndrome da Pessoa Rígida
A Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), também conhecida como Síndrome de Stiff-Person, é uma condição neurológica rara que afeta o sistema nervoso central. Esta doença é caracterizada por rigidez muscular progressiva e espasmos dolorosos, principalmente nos músculos do tronco e membros. A SPR geralmente se desenvolve lentamente ao longo do tempo, com sintomas que podem variar de leves a graves, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Os sintomas da SPR podem incluir rigidez muscular que piora com o estresse, ansiedade ou certos estímulos, como barulhos altos ou toques inesperados. As pessoas afetadas também podem experimentar uma postura anormal, dificuldade em caminhar e uma sensibilidade exagerada a estímulos que normalmente não causariam desconforto. Em casos mais graves, os espasmos musculares podem ser tão intensos que causam quedas, levando a ferimentos e limitando a mobilidade do paciente.
Embora a causa exata da SPR ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que seja uma doença autoimune, onde o sistema imunológico ataca erroneamente certas proteínas no sistema nervoso central. O diagnóstico pode ser desafiador, pois os sintomas podem se assemelhar a outras condições neurológicas. O tratamento geralmente envolve uma combinação de medicamentos para reduzir a rigidez muscular e os espasmos, bem como terapias físicas e ocupacionais para melhorar a mobilidade e a qualidade de vida. Pesquisas contínuas estão sendo realizadas para melhorar a compreensão desta condição e desenvolver tratamentos mais eficazes.