Prepare-se para um dos eventos cósmicos mais emocionantes do nosso tempo: a visita do asteroide 99942 Apophis. Não é apenas outra pedra flutuando no espaço; é uma superestrela no mundo dos asteroides. Quando Apophis foi avistado pela primeira vez em 2004, deixou os astrônomos bastante preocupados, atingindo o nível dois na escala de risco de impacto de Turim. É como um “Ei, fique de olho nisso!” discreto. Mas depois, as coisas ficaram mais interessantes.
Avançando para dezembro do ano passado, Apophis subiu para o nível quatro. Por que o alvoroço? Porque havia uma chance de 1,6% desse asteroide colidir com a Terra em 2029. Agora, nível quatro é coisa séria. Segundo a NASA, isso significa que há uma chance de 1% ou mais de uma colisão que poderia causar devastação regional.
Para contextualizar, nenhum objeto chegou perto do nível quatro antes. Então, sim, o pessoal da NASA teve algumas noites sem dormir com isso. Mas observações posteriores descartaram uma colisão em 2029 e, para ser sincero, também em 2036 e 2068. Davide Farnocchia do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da NASA garantiu que Apophis não vai colidir tão cedo. Estamos seguros por pelo menos os próximos 100 anos.
Mas em 2029, o Apophis vai nos dar uma passagem incrivelmente próxima, voando pela Terra a apenas 32.000 quilômetros de distância. Isso é mais perto do que alguns de nossos satélites! Você nem vai precisar de um telescópio para ver este grandalhão! O fenômeno poderá ser visto a olho nu.
A Agência Espacial Europeia (ESA) chama esta passagem de “um dos eventos espaciais mais raros de nossas vidas”. Eles fizeram os cálculos, e um asteroide desse tamanho só chega tão perto da Terra uma vez a cada 5.000 a 10.000 anos. Então, a menos que você esteja planejando ficar por aqui por alguns milênios, essa é sua chance de testemunhar isso.
Imagine só: uma enorme rocha espacial, do tamanho de três campos e meio de futebol, voando pelo espaço e passando bem perto de nós. É como ter um lugar VIP no cosmos. Esta passagem vai proporcionar uma oportunidade de ouro para os cientistas estudarem Apophis de perto e pessoalmente. Eles poderão reunir dados cruciais sobre seu tamanho, forma e talvez até sua composição.
Mais sobre asteroides
Os asteroides são corpos rochosos que orbitam o Sol, principalmente encontrados no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Esses objetos variam amplamente em tamanho, desde pequenos pedregulhos até gigantescos corpos com centenas de quilômetros de diâmetro. Embora muitos sejam irregulares e esburacados devido a colisões passadas, alguns têm formas mais esféricas. Os asteroides são restos da formação do sistema solar há cerca de 4,6 bilhões de anos, oferecendo pistas valiosas sobre as origens dos planetas.
Uma das categorias de asteroides mais intrigantes é a dos asteroides próximos à Terra (NEAs, na sigla em inglês), que possuem órbitas que os trazem relativamente perto do nosso planeta. Monitorar esses objetos é crucial para a segurança global, pois impactos de grandes asteroides podem ter consequências devastadoras. Programas de observação como o da NASA e da ESA rastreiam NEAs continuamente, aprimorando modelos de previsão para detectar potenciais ameaças e, futuramente, desenvolver estratégias de deflexão.
Além do potencial perigo que representam, os asteroides também são de grande interesse para a ciência e a exploração espacial. Alguns contêm minerais e metais valiosos, como níquel, ferro e platina, o que os torna alvos de futuras missões de mineração espacial. Além disso, missões como a OSIRIS-REx da NASA, que coletou amostras do asteroide Bennu, buscam entender melhor a composição dos asteroides e os processos que ocorreram nos primórdios do sistema solar. Essas amostras podem revelar informações preciosas sobre a formação dos planetas e a origem da vida na Terra.