Morar em um shopping? Parece cena de um filme indie excêntrico, mas para Michael Townsend e seu grupo de sete amigos artistas, era a realidade. Lá pelo meio dos anos 2000, essas almas aventureiras transformaram um canto abandonado do Providence Place Mall no seu próprio canto de descanso. De 2003 a 2007, esse shopping em Rhode Island, EUA, não era apenas um lugar para compras; era o lar doce lar para essa turma criativa.
Townsend descobriu essa joia escondida durante sua corrida diária. Um espaço não utilizado e esquecido no movimentado shopping chamou sua atenção, especialmente depois de um anúncio de rádio brincar com o sonho de viver no shopping. Quando seu condomínio foi marcado para demolição, Townsend viu uma oportunidade de ouro. A ironia? As mesmas pessoas que estavam derrubando seu antigo lugar tinham construído o shopping.
Com uma mistura de rebeldia e estilo artístico, Townsend e seus amigos mergulharam de cabeça em seu experimento de vida não convencional. Eles não se intimidaram com a possibilidade de seu plano desmoronar. Em vez disso, eles redobraram os esforços, construindo uma parede de blocos de cimento para manter seu santuário secreto bem escondido.
Por dentro, eles criaram um cantinho aconchegante que poderia facilmente passar por um charmoso apartamento. Imagine só: uma área de jantar, um canto de TV e sim, até mesmo um setup de PlayStation 2. “Foi uma oportunidade incrível para nós tentarmos criar um espaço doméstico dentro do shopping,” Townsend compartilhou com a NBC News, “Para testar nossas próprias noções do que significa um lar.” A missão deles era clara – redefinir a essência do lar dentro dos confins comerciais de um shopping.
O grande plano deles incluía uma reforma em 2007, mas o destino tinha outros planos. Os seguranças descobriram, levando a uma despejo nada cerimonioso e à prisão de Townsend por invasão de propriedade. Mas não se preocupe, Townsend não foi para a cadeia; ele se livrou com liberdade condicional por essa pequena aventura delituosa.
Townsend refletiu sobre os dias no shopping com um toque de nostalgia e um pingo de desafio, declarando, “Não posso enfatizar o suficiente que todo o empreendimento foi feito por uma compaixão para entender mais o shopping e a vida como um comprador.” Para ele, isso não era apenas ocupação; era uma exploração da cultura do consumidor, uma maneira de mesclar a vida cotidiana com o mundo comercial de uma forma que a maioria só pode imaginar.
Essa história pode parecer bizarra para alguns, mas para Townsend e seus amigos, o shopping era mais do que um centro de compras – era uma tela para viver, um espaço para desafiar normas e redefinir o que significa estar ‘em casa’. Nos grandes corredores de compras do Providence Place, eles encontraram não apenas terapia de varejo, mas uma nova maneira de experimentar a vida.