Qual é o melhor horário para dar comida a um cachorro?

por Lucas Rabello
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Você já parou para pensar como a rotina de alimentação do seu cachorro influencia não só a saúde dele, mas também o dia a dia da casa? Assim como nós, os cães se adaptam a horários fixos, criando expectativas para passeios, brincadeiras e, claro, as refeições. Mas qual é o momento certo para oferecer a comida? A resposta vai além de simples conveniência: envolve digestão, equilíbrio emocional e até prevenção de doenças.

Um cronograma alimentar bem definido ajuda a regular o organismo do animal. Quando o pet sabe que receberá comida em horários específicos, seu corpo se prepara antecipadamente, produzindo as enzimas necessárias para processar os nutrientes. Isso facilita a digestão, reduzindo o risco de enjoos, gases ou diarreias. Além disso, a rotina diminui a ansiedade, já que o cachorro não fica inseguro sobre quando será alimentado.

Para a maioria dos adultos saudáveis, os veterinários sugerem dividir a porção diária em duas refeições: uma no início da manhã (entre 7h e 9h) e outra no fim da tarde (entre 17h e 19h). Esse intervalo permite que o metabolismo trabalhe de forma estável, evitando picos de energia seguidos de longos períodos de fome. Outro detalhe importante é respeitar o tempo entre a refeição e o descanso. Oferecer comida muito perto da hora de dormir pode causar desconforto, prejudicando o sono e aumentando o risco de ganho de peso.

Atividade física também exige atenção. Após brincadeiras intensas, corridas ou passeios longos, o ideal é esperar pelo menos 30 minutos antes de alimentar o cachorro. Isso dá tempo para a respiração e os batimentos cardíacos voltarem ao normal, prevenindo problemas como torção gástrica — especialmente perigosa para raças de porte grande, como dogues alemães ou pastores.

Qual é o melhor horário para dar comida a um cachorro?

Já os filhotes têm necessidades diferentes. Como estão em fase de crescimento e seu estômago é menor, recomenda-se oferecer comida três ou quatro vezes ao dia. Essa frequência mantém o nível de energia estável e apoia o desenvolvimento saudável. Cães idosos ou com condições específicas, como diabetes ou doenças renais, também fogem da regra: muitos precisam de dietas personalizadas e horários ajustados, sempre sob orientação veterinária.

A consistência é a chave para o sucesso. Estabelecer horários fixos cria uma sensação de segurança, fortalecendo a confiança do pet em relação ao dono. Isso também evita comportamentos como latir ou pedir comida fora de hora, já que o animal entende que não precisa “implorar” para ser alimentado.

Mas não basta seguir o relógio à risca: a quantidade de ração é igualmente crucial. Um yorkshire terrier, por exemplo, precisa de porções menores e mais adaptadas ao seu metabolismo acelerado, enquanto um labrador, conhecido por seu apetite voraz, requer controle rigoroso para evitar obesidade. Fatores como nível de atividade (se o cachorro é mais caseiro ou adora longas caminhadas) e até o clima da região onde vive influenciam nas necessidades nutricionais.

Por isso, consultar um veterinário é essencial para definir não só o cardápio, mas também o tamanho das porções e a frequência ideal das refeições. Um profissional pode identificar, por exemplo, se um cachorro agitado precisa de um ajuste nas calorias ou se um animal mais tranquilo deve consumir rações com menos gordura. Assim, cada detalhe da rotina alimentar se transforma em um passo a mais para garantir uma vida longa e saudável ao seu companheiro de quatro patas.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.