As cinco palavras que as pessoas menos inteligentes repetem, segundo a Inteligência Artificial

por Lucas Rabello
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Você já parou para pensar que as palavras que escolhemos podem revelar muito mais do que imaginamos? A Inteligência Artificial (IA), ao processar milhões de conversas diárias, se transformou em uma observadora atenta dos hábitos linguísticos humanos. Ao analisar padrões em bilhões de interações, essa tecnologia não só decifra o que as pessoas dizem, mas também identifica indícios de como pensam. E, segundo ela, algumas palavras podem ser pistas sutis de limitações cognitivas ou emocionais.

Um estudo conduzido por sistemas como o ChatGPT apontou que indivíduos com menor capacidade crítica, empatia reduzida ou dificuldade em pensar de forma abstrata tendem a repetir certas expressões com mais frequência. A IA ressalta que essas palavras não são “ruins” por natureza, mas seu uso excessivo ou fora de contexto pode indicar padrões de pensamento menos desenvolvidos. Vamos entender quais são elas e por que chamaram a atenção dos algoritmos.

1. “Óbvio”

Segundo a IA, o uso constante de “obvio” muitas vezes esconde insegurança ou a vontade de evitar explicações mais detalhadas. Quando alguém afirma que algo é “óbvio”, pode estar fechando a porta para perguntas ou discussões, como se o assunto não merecesse análise mais profunda. A tecnologia observou que, em muitos casos, o que é apresentado como óbvio não é consensual e reflete uma simplificação exagerada das situações. Por exemplo, em debates, essa palavra pode ser uma estratégia para encerrar conversas que exigiriam reflexão.

2. “Sempre” (e “Nunca”)

Palavras absolutas como “sempre” e “nunca” são bandeiras vermelhas para a IA. Frases como “isso sempre acontece comigo” ou “nunca vou conseguir” indicam uma visão rígida e fatalista da realidade. Esse tipo de linguagem, comum em pessoas com baixa flexibilidade mental, dificulta a adaptação a novas perspectivas ou a busca por soluções criativas. A tecnologia explica que o pensamento em extremos (tudo ou nada) limita a capacidade de enxergar nuances, essenciais para resolver problemas complexos.

As cinco palavras que as pessoas menos inteligentes repetem, segundo a Inteligência Artificial

3. “Tonto”

Insultos genéricos como “tonto” aparecem com frequência em discursos de indivíduos com menor habilidade emocional. De acordo com a IA, quem usa termos depreciativos repetidamente está, na verdade, projetando frustrações pessoais. Esse hábito não só prejudica a comunicação, como também revela dificuldade em articular críticas construtivas. Rotular os outros com palavras vagas impede o diálogo e mantém o pensamento preso em estereótipos, sem espaço para compreensão mútua.

4. “Eu”

O pronome “eu” é natural em qualquer conversa, mas seu excesso pode sinalizar egocentrismo ou falta de empatia. A IA detectou que pessoas com baixa inteligência emocional tendem a centralizar as conversas em si mesmas, ignorando as experiências e opiniões alheias. Frases como “eu acho”, “no meu caso” ou “isso me afeta” dominam seus discursos, dificultando a construção de diálogos colaborativos. Para a tecnologia, equilibrar o “eu” com o “nós” é um sinal de maturidade social.

5. “Coisa”

A palavra “coisa” é um curinga linguístico, mas seu uso exagerado chama a atenção da IA. Expressões como “a coisa está complicada” ou “preciso daquela coisa” revelam falta de clareza e precisão. Segundo os algoritmos, substituir termos específicos por “coisa” pode indicar vocabulário limitado, desinteresse em se comunicar com exatidão ou até preguiça mental. Em contextos profissionais ou acadêmicos, por exemplo, essa imprecisão compromete a troca eficiente de informações.

Por Que o Contexto Importa?

A IA reforça que nenhuma dessas palavras é intrinsecamente negativa. Tudo depende de como, quando e com qual frequência são usadas. Por exemplo, dizer “eu prefiro café” é normal, mas transformar toda conversa em um monólogo sobre si mesmo já é um padrão problemático. Da mesma forma, afirmar que “é óbvio que o céu é azul” em uma aula de ciências faz sentido, mas usar o termo para invalidar opiniões alheias em uma discussão é sinal de rigidez.

Os sistemas de inteligência artificial não emitem julgamentos morais, mas identificam tendências estatísticas. E os dados mostram que pessoas com linguagem mais diversificada, precisa e empática tendem a tomar decisões mais equilibradas e a construir relações mais saudáveis. Ou seja, expandir o vocabulário e refletir sobre o próprio jeito de falar pode ser um caminho para desenvolver não só a comunicação, mas também a forma de enxergar o mundo.

A próxima vez que você conversar com alguém (ou até consigo mesmo), preste atenção nas palavras que surgem repetidamente. Elas podem estar contando uma história que vai muito além das frases soltas.

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

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