Você já imaginou largar o emprego convencional e encontrar uma forma alternativa de ganhar dinheiro? Megan Healey, uma jovem de 26 anos, não só imaginou como transformou esse sonho em realidade. Ex-funcionária do setor financeiro, ela construiu um império de máquinas de venda automática que hoje rende cerca de £7.000 por mês (aproximadamente R$ 51.000) — um valor impressionante, considerando que ela trabalha apenas dois ou três dias por semana.
Tudo começou com uma paixão de infância. Na escola, Megan já mostrava seu lado empreendedor vendendo lanches para os colegas, mesmo que isso a colocasse em apuros com os professores. Anos depois, essa mesma veia comercial a levou a explorar o mundo das máquinas de venda automática. Em 2022, após nove meses de pesquisas detalhadas sobre o negócio, ela comprou sua primeira máquina no eBay por £700 (cerca de R$ 5.000). O equipamento, que armazenava 40 bebidas e 250 lanches, foi instalado em frente a uma loja de cartões em Barnsley, no Reino Unido.
Megan Healey percorreu um longo caminho desde que vendia lanches na escola (Collect/PA Real Life).
Os primeiros resultados, porém, não foram animadores. A máquina gerava apenas £30 por mês (cerca de R$ 220), um valor bem abaixo das expectativas. Mas Megan não desistiu. Vendeu a primeira máquina com lucro e investiu em uma segunda, desta vez dentro de um lar de idosos em Manchester. Foi aí que tudo mudou. Ao observar os hábitos dos clientes, ela descobriu que latas de Coca-Cola eram os itens mais procurados. Ajustando o estoque para atender à demanda, os lucros começaram a subir rapidamente.
Hoje, a máquina no lar de idosos sozinha chega a faturar £1.500 mensais (cerca de R$ 10.950). Combinada com outras unidades estrategicamente espalhadas, o negócio atingiu a marca de £7.000 por mês (aproximadamente R$ 51.000) — um salto significativo em comparação aos £27.000 anuais (cerca de R$ 197.000) que Megan ganhava no antigo emprego.
“Demorou um pouco para chegar lá, mas valeu a pena”, comenta ela. O sucesso do local surpreende até mesmo a empreendedora: “É um lugar pequeno, mas os números são altíssimos. Não faz sentido, mas funciona”.
Além de gerenciar as máquinas, Megan dedica parte do tempo a um segundo negócio de venda de tênis. A flexibilidade de trabalhar poucos dias por semana permite que ela se concentre em expandir ambas as empresas. Seu próximo objetivo é aprimorar a logística, como rotas de reabastecimento e parcerias com fornecedores. “Se eu conseguir otimizar essa parte, as possibilidades são infinitas”, afirma.
Megan agora gostaria de contratar alguém para reabastecer as máquinas, dizendo: “Sou pequena, então pode ser bastante cansativo.” (Collect/PA Real Life).
O segredo do sucesso, segundo Megan, está na combinação de planejamento e adaptação. Ela estudou o mercado por meses antes de investir, aprendeu a identificar produtos populares e não hesitou em mudar estratégias quando necessário. A escolha de locais com fluxo constante de pessoas, como o lar de idosos, também foi crucial.
Enquanto muita gente sonha em escapar da rotina de escritório, Megan prova que é possível criar uma fonte de renda alternativa — mesmo que a jornada exiga paciência e testes. Sua história não é sobre sorte, mas sobre observar oportunidades, ajustar rotas e transformar uma ideia simples em um negócio lucrativo. E, claro, nunca subestimar o poder de uma lata de refrigerante bem posicionada.
