Médicos fazem triste revelação sobre retorno à Terra de astronautas da NASA presos no espaço após 9 meses

por Lucas Rabello
6,6K visualizações

Barry “Butch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams embarcaram em uma missão espacial no dia 5 de junho de 2024, esperando passar apenas oito dias em órbita. Nove meses depois, a dupla ainda está no espaço — e agora se prepara para um retorno à Terra repleto de desafios físicos e médicos. O motivo? Problemas técnicos na nave prolongaram a missão até 2025, transformando uma rápida jornada em uma experiência que testará os limites do corpo humano.

A missão, inicialmente curta, ganhou contornos inesperados. Butch e Suni já celebraram o Natal em ambiente de microgravidade — um fato que entrou para a história, mesmo que ainda não se saiba se assistiram a filmes como A Vingança das Aves durante o tempo livre. A previsão atual é que retornem entre 19 e 20 de março de 2025, graças a uma nave da SpaceX que finalmente permitirá o resgate. Mas o fim da aventura espacial será apenas o começo de uma nova fase: a readaptação à gravidade terrestre.

Ao pousarem, os astronautas não terão o luxo de voltar direto para casa. Em vez disso, serão transportados em macas para instalações médicas, onde iniciarão um intenso programa de reabilitação. De acordo com o médico Vinay Gupta, pneumologista e veterano da Força Aérea dos EUA, serão necessárias pelo menos seis semanas de exercícios guiados, dieta balanceada e acompanhamento constante para recuperar força muscular e densidade óssea.

Os efeitos invisíveis da microgravidade

Mesmo com rotinas de duas horas diárias de exercícios na Estação Espacial Internacional, a ausência de gravidade causa perdas significativas. “O corpo humano depende da gravidade terrestre para funções básicas, como manter músculos e ossos fortalecidos. No espaço, mesmo com treinos, os astronautas perdem massa muscular e capacidade física”, explica Gupta. A primeira etapa da recuperação focará em atividades simples, como caminhar e levantar pesos leves, para reativar a memória muscular.

Outro risco invisível é a exposição prolongada à radiação cósmica, que aumenta as chances de desenvolver câncer a longo prazo. Gupta destaca a necessidade de exames preventivos mais frequentes para Butch e Suni. “Eles tiveram uma exposição única. Precisamos monitorar sua saúde de forma proativa”, afirma.

Adaptação física e emocional

Em comunicações recentes, Suni Williams compartilhou que tem “tentado lembrar como é caminhar” — um sinal de como o corpo se desacostuma rapidamente de movimentos básicos. A dupla também enfrentará tonturas, desequilíbrio e possíveis alterações na visão, comuns após longos períodos em microgravidade.

Enquanto isso, o plano de resgate mobilizou até figuras públicas. Donald Trump e Elon Musk participaram de discussões sobre estratégias para garantir o retorno seguro, mostrando a dimensão política e tecnológica da situação.

O caminho para casa

A jornada de volta exigirá paciência. Após meses flutuando, Butch e Suni sentirão o peso literal da Terra: ossos enfraquecidos, músculos atrofiados e um sistema cardiovascular que precisará se reajustar à pressão gravitacional. A equipe médica utilizará esteiras adaptadas, hidroterapia e até realidade virtual para simular ambientes terrestres durante a reabilitação.

A alimentação também será crucial. Uma dieta rica em proteínas, cálcio e vitamina D ajudará a reconstruir tecidos e fortalecer ossos. Tudo isso sob monitoramento 24 horas, já que até uma queda acidental poderia causar fraturas sérias nos primeiros dias.

Enquanto aguardam março de 2025, familiares e fãs torcem para que o pouso ocorra sem novos imprevistos. A história de Butch e Suni já é um marco na exploração espacial — e seu retorno promete ser tão extraordinário quanto os nove meses que passaram longe de casa.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.

Você não pode copiar conteúdo desta página