Piloto de grande companhia aérea revela valor impressionante que ganha por voo

por Lucas Rabello
23,4K visualizações

Os aspectos financeiros da aviação comercial despertam a curiosidade de muitos, especialmente no que diz respeito à remuneração dos pilotos. Recentemente, um piloto de avião compartilhou detalhes sobre seus ganhos, apresentando uma visão abrangente de como funciona a estrutura de pagamento dessa profissão.

Em um vídeo, o piloto Garrett explicou que sua taxa horária é de 213,87 dólares (cerca de 1.300 reais). No entanto, a estrutura de remuneração é mais complexa do que um simples cálculo por hora, incluindo vários fatores que influenciam o valor final recebido.

Um dos trajetos preferidos de Garrett inclui uma combinação de “deadheading” (quando o piloto viaja como passageiro para chegar ao local onde precisa assumir o voo) do Aeroporto de LaGuardia, em Nova York, até o Aeroporto Internacional de Dallas/Fort Worth, no Texas, seguido pelo voo de retorno. Esse trabalho rende a ele um total de 1.556 dólares (cerca de 9.492 reais). Ele prefere essa rota porque é eficiente — toda a viagem dura pouco mais de 9 horas de “tempo fora da base”, sendo aproximadamente 7 horas a bordo do avião.

O piloto detalhou quanto estava sendo pago por um de seus voos favoritos. (@flywithgarrett / YouTube)

O piloto detalhou quanto estava sendo pago por um de seus voos favoritos. (@flywithgarrett / YouTube)

O conceito de “tempo fora da base” é um fator crucial para entender a remuneração dos pilotos. Esse período engloba mais do que o tempo de voo, incluindo preparações antes do voo, intervalos entre os voos e procedimentos pós-voo. Não é possível para um piloto simplesmente sair da cama e ir direto para a cabine, nem realizar voos consecutivos sem os devidos descansos e preparações.

Para ilustrar a diferença na lucratividade de diferentes rotas, Garrett comparou sua rota LaGuardia-Dallas com um voo de JFK, em Nova York, até Phoenix, no Arizona. Este último, apesar de oferecer mais horas de voo, inclui uma escala de 24 horas. Isso significa que, enquanto o tempo real de voo pode ser de cerca de 10 horas, o “tempo fora da base” pode se estender para cerca de 40 horas, tornando o trabalho menos lucrativo em termos de ganho por hora.

O potencial de remuneração aumenta significativamente com o avanço na carreira e a escolha de determinadas rotas. Garrett mencionou que, ao subir para o cargo de capitão ou selecionar voos em períodos específicos, seus ganhos poderiam crescer consideravelmente. Ele deu como exemplo um voo entre Phoenix e JFK, que lhe rendeu 5.500 dólares (cerca de 33.550 reais), graças a fatores adicionais como pagamento por feriados.

As nuances da remuneração dos pilotos vão muito além de uma simples taxa horária, incorporando elementos como a escolha de rotas, a duração dos voos, os tempos de escala e pagamentos adicionais. Esses componentes criam uma estrutura de ganhos complexa, que pode variar bastante dependendo das missões e da programação de cada piloto.

O modelo de remuneração da indústria da aviação reflete a expertise profissional exigida para a função, com um potencial de ganhos que aumenta à medida que os pilotos avançam em suas carreiras e têm acesso a rotas e posições mais lucrativas. Essa análise detalhada oferece uma visão clara de como as companhias aéreas estruturam os pagamentos para esses profissionais essenciais da aviação.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.