Mulher diagnosticada com câncer em estágio 4 revela os sintomas ocultos que os médicos ignoraram

por Lucas Rabello
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Um caso recente chamou atenção para a importância da detecção precoce do câncer e das restrições de idade para exames de rastreamento de câncer de intestino no Reino Unido. Em outubro de 2024, Zoe Gardner-Lawson, uma mãe de 36 anos de Berkshire, recebeu a notícia devastadora após uma tomografia computadorizada revelar um tumor de 5 cm em seu intestino.

Antes do diagnóstico, Zoe havia apresentado sintomas que foram inicialmente diagnosticados de forma incorreta. “Se a minha doença tivesse sido descoberta antes, teria sido mais fácil tratar… Acho que a idade mínima para os exames precisa ser reduzida”, afirmou ela, ao criticar a política atual do Reino Unido, que oferece rastreamento apenas para pessoas entre 54 e 74 anos.

Zoe Gardner-Lawson tem câncer de intestino em estágio 4 (SWNS).

Zoe Gardner-Lawson tem câncer de intestino em estágio 4 (SWNS).

O caminho até o diagnóstico começou quando os médicos acreditaram que ela estava com uma infecção urinária (ITU). No entanto, o tumor já estava presente há cerca de quatro anos antes de ser identificado. Apesar de levar uma vida ativa, Zoe começou a sentir uma dor persistente e leve na região lombar. Relutante em procurar ajuda médica, ela decidiu marcar uma consulta por telefone com seu médico em agosto de 2023.

Após o diagnóstico inicial de ITU, Zoe foi tratada com três rodadas de antibióticos ao longo de um mês, mas sua condição piorou significativamente. “Eu basicamente fiquei de cama — me sentia muito mal, e a dor nas costas havia se espalhado para o abdômen também”, ela relatou.

Os médicos inicialmente disseram a Zoe que ela tinha uma infecção urinária (ITU) e receitaram antibióticos (SWNS).

Os médicos inicialmente disseram a Zoe que ela tinha uma infecção urinária (ITU) e receitaram antibióticos (SWNS).

Depois de uma visita ao pronto-socorro, os médicos suspeitaram de pedras nos rins. No entanto, exames adicionais revelaram algo mais sério. Insistindo por uma tomografia completa do corpo, Zoe descobriu que tinha uma perfuração no intestino e precisaria de intervenção médica imediata.

Exames mais detalhados revelaram um tumor do tamanho de uma lima em seu intestino, que já havia se espalhado para o fígado, peritônio e os linfonodos do estômago. “Eu precisei de uma cirurgia de emergência para remover o tumor do intestino, eliminar todo o fluido e os resíduos que vazaram e, depois, reavaliar”, explicou.

Só quando a mulher de 36 anos exigiu uma tomografia computadorizada foi que seu tumor foi descoberto (SWNS).

Só quando a mulher de 36 anos exigiu uma tomografia computadorizada foi que seu tumor foi descoberto (SWNS).

No dia 3 de outubro, Zoe foi submetida a uma cirurgia que durou quatro horas para remover o máximo possível do tumor e tratar as complicações da perfuração. O resultado da biópsia confirmou que o tumor era um blastoma cancerígeno, conhecido por ser uma das formas mais agressivas de câncer. Diante disso, Zoe foi informada de que precisaria triplicar a dose de quimioterapia em cada sessão.

Atualmente, Zoe está na quinta rodada de um total de oito tratamentos de quimioterapia previstos. Seu caso levanta um debate importante sobre as restrições de idade nos exames de rastreamento de câncer e os potenciais benefícios de iniciar essas avaliações em pacientes mais jovens.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.