Mulher diagnosticada com câncer de pele em estágio 4 faz alerta sobre sintomas que ela não percebeu até que fosse tarde demais

por Lucas Rabello
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Na ensolarada região da Gold Coast, na Austrália, a experiência de Courtney Mangan com câncer de pele destaca a importância crítica de persistir na busca por cuidados médicos adequados.

Aos 29 anos, ela notou mudanças em uma pinta nas costas — algo aparentemente insignificante, mas que acabou mudando sua vida. Apesar de ter consultado médicos duas vezes sobre a pinta suspeita, suas preocupações foram ignoradas. Foi somente ao buscar a opinião de um especialista em cuidados com a pele que a gravidade da situação foi revelada.

“Eu tinha uma pinta nas costas que nunca via, mas minha família disse que ela começou a mudar e insistiu para que eu procurasse um médico”, relembra Mangan sobre os primeiros sinais.

Courtney Mangan foi diagnosticada com câncer pela primeira vez aos 29 anos (courtneymangan/Instagram)

Courtney Mangan foi diagnosticada com câncer pela primeira vez aos 29 anos (courtneymangan/Instagram)

O Diagnóstico e o Impacto Inicial

O exame realizado pelo especialista levou a uma biópsiaa, e o resultado trouxe o primeiro golpe: melanoma em estágio 4. A notícia foi especialmente devastadora para Mangan, que havia perdido um tio para o melanoma poucos anos antes.

“Fiquei completamente entorpecida”, contou, descrevendo o momento em que recebeu a ligação do médico. “Meu mundo inteiro mudou naquele instante. Eu só conseguia pensar nisso como uma sentença de morte.” O diagnóstico exigiu consultas imediatas com especialistas em Brisbane, marcando o início de uma jornada médica complexa.

Desde o diagnóstico, Courtney teve que passar por muitos exames e cirurgias (courtneymangan/Instagram).

Desde o diagnóstico, Courtney teve que passar por muitos exames e cirurgias (courtneymangan/Instagram).

A Progressão da Doença

A situação se agravou dramaticamente ao longo do ano seguinte. Após a remoção da pinta cancerígena em seu ombro, novos sintomas começaram a surgir. Um caroço apareceu em seu braço, levantando preocupações imediatas.

Ainda mais preocupante, ela começou a sentir dores ao comer, algo que inicialmente acreditava estar associado à síndrome do intestino irritável (SII).

Contudo, investigações médicas revelaram uma causa mais séria. Uma endoscopia identificou uma massa em seu intestino, e uma cirurgia subsequente confirmou que o câncer havia se espalhado para seus órgãos internos, avançando para o estágio 4.

Mais tarde, uma nova massa foi encontrada em sua coxa, mas os médicos determinaram que era impossível removê-la. Com a metástase do câncer, os médicos deram a Mangan apenas 18% de chance de sobrevivência — uma estatística que seria devastadora para qualquer pessoa.

No início, ela achava que um de seus sintomas estava relacionado à sua síndrome do intestino irritável (SII) (courtneymangan/Instagram)

No início, ela achava que um de seus sintomas estava relacionado à sua síndrome do intestino irritável (SII) (courtneymangan/Instagram)

Vivendo Além do Diagnóstico

Apesar do prognóstico sombrio, a história de Mangan tomou um rumo inesperado de esperança. Há três anos, ela está livre do câncer, desafiando as estatísticas iniciais de sobrevivência.

No entanto, o impacto psicológico de um diagnóstico tão grave ainda persiste. “Há sempre uma nuvem escura pairando sobre você”, explicou, descrevendo a constante ansiedade sobre a possibilidade de o câncer voltar. Sua experiência ressalta a complexidade de viver como sobrevivente do câncer, onde a vitória médica não elimina necessariamente o peso emocional da doença.

A jornada de diagnóstico e recuperação transformou a perspectiva de Mangan sobre a importância da defesa pela própria saúde e de confiar nos próprios instintos ao se tratar de preocupações médicas. Seu caso também destaca os desafios particulares do câncer de pele em lugares ensolarados, onde a intensa exposição ao sol torna essencial a vigilância com alterações na pele.

O reconhecimento tardio de sua condição, apesar das preocupações iniciais, aponta para a necessidade de maior conscientização tanto entre os profissionais de saúde quanto entre o público, especialmente sobre as diferentes apresentações do câncer de pele em pacientes mais jovens, muitas vezes subestimados devido à idade.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.