Cientistas descobrem criatura assustadora das profundezas após mergulharem câmera no fundo de uma trincheira escura

por Lucas Rabello
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Em uma impressionante demonstração de exploração em águas profundas, cientistas capturaram recentemente imagens fascinantes de um tubarão-dorminhoco-do-Pacífico durante uma expedição à Fossa de Tonga, no Oceano Pacífico. O encontro ocorreu a uma profundidade impressionante de 1.400 metros, muito além do limite de 300 metros que mergulhadores humanos podem alcançar com segurança sem equipamentos especializados.

As imagens, analisadas pela bióloga marinha Dra. Jessica Kolbusz, mostram um tubarão fêmea estimado em cerca de 3,5 metros de comprimento, embora esses animais possam crescer até impressionantes 7 metros. A identificação do sexo do tubarão foi possível pela ausência de claspers nas nadadeiras pélvicas, uma característica presente apenas nos machos.

A sequência do vídeo revela o comportamento típico de investigação do animal ao se aproximar da câmera. “Ela vai diretamente para a câmera, e dessa visão podemos ver completamente o interior da boca do tubarão”, observa a Dra. Kolbusz em sua análise. A temperatura registrada nessa profundidade foi de aproximadamente 2,5 graus Celsius, consistente com a preferência da espécie por águas mais frias.

O tubarão-dorminhoco-do-Pacífico, adaptado para viver nas profundezas escuras do oceano, demonstra notáveis capacidades de caça. Esses animais se movem silenciosamente pela água, tornando-os predadores eficientes em seu habitat profundo. Sua dieta consiste principalmente de peixes que vivem no fundo do mar, e estudos do conteúdo de seus estômagos revelaram um gosto particular pelo polvo-gigante-do-Pacífico.

 

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O encontro destaca a importância da tecnologia avançada em pesquisas subaquáticas. Enquanto os humanos têm limitações físicas para explorar essas profundezas, câmeras e submersíveis especialmente projetados permitem aos cientistas observar e estudar a vida marinha em seu habitat natural. A interação do tubarão com o equipamento de câmera forneceu informações valiosas sobre seu comportamento, ao investigar inicialmente a câmera antes de se voltar para a isca presa ao equipamento.

O grande tubarão deu uma mordidinha na câmera, proporcionando uma boa ideia de como seria ser atacado por ele, antes de seguir para a isca. (Expedição à Fossa de Tonga)

O grande tubarão deu uma mordidinha na câmera, proporcionando uma boa ideia de como seria ser atacado por ele, antes de seguir para a isca. (Expedição à Fossa de Tonga)

As condições a essas profundidades são extremas, com pressão intensa e temperaturas próximas do congelamento, o que torna impossível para humanos explorarem sem a proteção de equipamentos especializados. Essa realidade ressalta a importância de ferramentas de observação remota para expandir nossa compreensão dos ecossistemas de águas profundas e seus habitantes.

As imagens capturadas durante essa expedição contribuem para o conhecimento científico sobre os tubarões-dorminhocos-do-Pacífico e seu comportamento em seu habitat natural. O tamanho do tubarão, combinado com sua capacidade de prosperar no ambiente frio e escuro das profundezas oceânicas, faz dele um sujeito notável para pesquisas marinhas. Essas observações continuam a ampliar nossa compreensão sobre os ecossistemas de águas profundas e as diversas formas de vida que habitam os oceanos da Terra.

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.