Experiências de quase-morte continuam a intrigar tanto os profissionais da área médica quanto o público em geral, como demonstra o relato impressionante de Jose Hernandez, um engenheiro cuja visão sobre a vida e a morte mudou radicalmente após um acidente de trabalho. Em uma entrevista recente ao canal do YouTube *Shaman Oaks*, Hernandez compartilhou sua experiência marcante, que desafia os limites entre o entendimento científico e os fenômenos inexplicáveis.
O incidente aconteceu durante um dia de trabalho rotineiro, enquanto Hernandez realizava a manutenção de fios elétricos em um caminhão com cesto elevatório. Uma distração momentânea de seu colega resultou em um acidente que deixou Hernandez gravemente ferido. “Estávamos atrasados. O cara que estava comigo, meu parceiro, estava mais preocupado que eu fosse eletrocutado lá em cima, então ele estava olhando para cima e acabou batendo em uma árvore”, relembrou Hernandez. O impacto quebrou várias costelas do lado direito, o que exigiu atendimento médico de emergência.
Atualmente, Hernandez trabalha como artista, buscando inspiração em suas experiências espirituais (Facebook/Jose Hernandez Inner Immersion).
A situação se agravou no hospital, quando Hernandez parou de respirar. Enquanto a equipe médica corria para tentar salvá-lo, ele relatou ter vivido uma sequência extraordinária de eventos. Inicialmente cético, devido à sua formação em engenharia e crenças ateístas, Hernandez começou a refletir sobre a existência de um poder superior. “Eu comecei a pensar em Deus, dizendo: ‘Se você me tirar dessa, eu vou mudar'”, compartilhou.
Nesse momento crítico, Hernandez relatou ter percebido uma presença misteriosa. “E então eu notei essa sombra, perto da porta. Ela ficou parada ali”, disse ele. Quando aceitou mentalmente a possibilidade de morrer, sua experiência se intensificou. “Na minha mente, eu pude ver sua mão se estendendo até mim, e ela tocou meu dedo do pé. No mesmo instante, senti um enorme alívio, tranquilidade, paz, amor e calma. Eu estava em êxtase.”
Hernandez também descreveu uma experiência fora do corpo, observando os esforços da equipe médica para reanimá-lo de um ponto elevado no quarto. Ele relatou ter ouvido uma voz que utilizou uma metáfora para descrever sua situação: “Pense no seu corpo como um carro, e esse carro já rodou oito milhões de quilômetros, e não há mais nada que possamos fazer para consertá-lo. Agora você precisa se despedir do seu corpo.”
A experiência culminou em um encontro que Hernandez acreditou ser celestial, com seu pai falecido. “Quando encontrei meu pai do outro lado, percebi que, às vezes, não conseguimos dizer algo aqui, [mas] vamos conseguir dizer em outro lugar”, explicou.
Embora experiências de quase-morte sejam frequentemente relatadas por pessoas que foram reanimadas ou estiveram à beira da morte, a ciência médica oferece explicações alternativas. O professor emérito de bioquímica William Reville sugere que essas vivências podem ser atribuídas a mudanças fisiológicas no cérebro em processo de morte. De acordo com a pesquisa de Reville, publicada no jornal Irish Times, a percepção comum de uma luz no fim de um túnel pode ser explicada pela queda nos níveis de oxigênio que afetam a retina, começando pelas extremidades e se movendo em direção ao centro, criando o efeito de visão em túnel à medida que a consciência se apaga.
