O telescópio espacial Hubble captura uma galáxia espiral com uma infinidade de luzes diferentes e chamativas

por Lucas Rabello
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A 49 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Dourado, a galáxia espiral barrada NGC 1672 exibe um fascinante espetáculo de fenômenos astronômicos. As observações feitas pelo telescópio espacial Hubble da NASA/ESA permitiram documentar suas características mais notáveis.

“As imagens nos mostram uma estrutura galáctica extraordinária”, explica a Dra. Sarah Chen, astrônoma do Observatório Nacional. “Os braços espirais de NGC 1672 estão repletos de bolhas de gás hidrogênio que emitem um característico brilho avermelhado, produto da intensa atividade de formação estelar.”

No coração de NGC 1672 encontra-se um anel de gás quente que abriga um grupo de estrelas jovens particularmente brilhantes. “Essas estrelas são tão quentes que emitem raios X de alta energia”, destaca o Dr. James Morrison, especialista em física estelar. “Mas o mais interessante é o que ocorre no próprio centro da galáxia.”

O telescópio espacial Hubble captura uma galáxia espiral com uma infinidade de luzes diferentes e chamativas

Esta imagem do telescópio espacial Hubble da NASA/ESA captura a galáxia espiral NGC 1672 com uma supernova. Crédito: ESA/Hubble e NASA, O. Fox, L. Jenkins, S. Van Dyk, A. Filippenko, J. Lee e a equipe PHANGS-HST, D. de Martin (ESA/Hubble), M. Zamani (ESA/Hubble)

NGC 1672 pertence à categoria de galáxias Seyfert, caracterizadas por possuírem um núcleo galáctico ativo. “O material que cai em espiral em direção ao buraco negro supermassivo central gera uma intensa emissão de raios X”, afirma a Dra. Elena Rodríguez, especialista em núcleos galácticos ativos.

Um evento especialmente significativo captado em NGC 1672 foi a supernova SN 2017GAX, visível em uma das seis imagens que compõem o mosaico do Hubble. “Esta supernova do tipo I se manifestou como uma nova fonte de luz que apareceu em questão de dias”, explica o Dr. Michael Chang, especialista em evolução estelar. “Atualmente, é observada como um ponto esverdeado tênue logo abaixo da curva do braço espiral direito.”

Os astrônomos aproveitaram a oportunidade para buscar possíveis estrelas companheiras da estrela progenitora da supernova. “É uma tarefa praticamente impossível detectar esses objetos quando a supernova está em plena atividade”, esclarece a Dra. Lisa Thompson, do Instituto de Astrofísica Avançada.

A galáxia também foi objeto de estudo do telescópio espacial James Webb, que forneceu novos detalhes sobre a distribuição do gás e da poeira em seus braços espirais. “As observações do Webb complementam perfeitamente os dados do Hubble”, aponta o Dr. Robert Williams, coordenador do programa de observação. “Cada telescópio nos revela diferentes aspectos dessa extraordinária estrutura cósmica.”

“Os dados combinados de ambos os telescópios nos permitem compreender melhor os processos de formação estelar e a dinâmica galáctica em NGC 1672”, acrescenta a Dra. Chen. “É como ter duas perspectivas diferentes de um mesmo objeto, cada uma revelando detalhes únicos sobre sua natureza.”

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.