Um incidente incomum envolvendo o voo presidencial brasileiro chamou a atenção da imprensa internacional nesta quarta-feira. O avião que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva enfrentou um problema técnico logo após decolar da Cidade do México, obrigando os pilotos a adotarem um procedimento de segurança raramente visto em voos oficiais.
De acordo com informações divulgadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave precisou permanecer no ar por aproximadamente quatro horas, voando em círculos sobre o Aeroporto Internacional General Felipe Ángeles. O objetivo desse procedimento era consumir o excesso de combustível antes de realizar um pouso de emergência.
“Tivemos que informar aos passageiros que seria necessário mais uma hora e meia no ar para garantir um retorno seguro”, explicou um dos pilotos à tripulação. A notícia gerou apreensão entre os ocupantes do avião, que incluíam, além do presidente, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, e importantes membros do governo brasileiro.
Entre os passageiros estavam os ministros Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Cida Gonçalves, das Mulheres. Também viajavam na aeronave Gabriel Galípolo, indicado para a presidência do Banco Central, e Andrei Neto, diretor-geral da Polícia Federal, além de assessores presidenciais.
O incidente ocorreu logo após a participação de Lula na cerimônia de posse de Claudia Sheinbaum, que se tornou a primeira mulher a assumir a presidência do México. A visita do presidente brasileiro ao país vizinho tinha como objetivo fortalecer as relações diplomáticas entre as duas nações.
Especialistas em aviação explicam que o procedimento adotado pelos pilotos é padrão em situações semelhantes. O excesso de combustível precisa ser queimado para reduzir o peso da aeronave e permitir um pouso mais seguro. Embora incomum em voos presidenciais, essa medida é considerada uma precaução necessária em casos de problemas técnicos.
Após o pouso de emergência, foi decidido que o presidente e sua comitiva retornariam ao Brasil em outra aeronave.
O episódio levanta questões sobre a manutenção e segurança das aeronaves oficiais, tema que certamente será debatido nos próximos dias. Enquanto isso, a viagem do presidente Lula ao México, marcada por esse acontecimento inesperado, ficará registrada como um exemplo da importância dos protocolos de segurança na aviação, mesmo em voos de alta prioridade.