Autópsias das vítimas que morreram no naufrágio do superiate revelam que a causa da morte não foi por afogamento

por Lucas Rabello
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Em um evento chocante, o mundo dos iates de luxo foi abalado pelo naufrágio do Bayesian, uma embarcação de 48,8 metros que encontrou seu destino na costa italiana. O incidente, que tirou sete vidas, deixou os investigadores à procura de respostas e a comunidade de iatismo em estado de choque.

Na manhã de 19 de agosto, o Bayesian foi pego em uma tempestade feroz. Em meros 16 minutos, a majestosa embarcação sucumbiu ao temporal, afundando com 22 pessoas a bordo. Enquanto 15 conseguiram escapar da sepultura aquática, sete não tiveram a mesma sorte.

Entre os falecidos estavam algumas das figuras mais proeminentes do mundo: o magnata britânico da tecnologia Mike Lynch e sua filha Hannah, o executivo do Morgan Stanley Jonathan Bloomer e sua esposa Judy, o advogado Chris Morvillo e sua esposa Neda, além do chef do iate, Recaldo Thomas. Suas mortes prematuras enviaram ondas de choque pela alta sociedade e pelo mundo dos negócios.

Mas são os detalhes emergentes de seus momentos finais que capturaram a atenção de especialistas forenses e do público. As autópsias iniciais de quatro das vítimas revelaram um fenômeno intrigante: “afogamento seco”. Esta ocorrência rara sugere que as vítimas não sucumbiram a pulmões cheios de água, mas sim a uma sinistra depleção de oxigênio.

Os investigadores agora acreditam que esses passageiros desafortunados podem ter encontrado refúgio temporário em uma bolha de ar dentro do iate que estava afundando. No entanto, esse santuário rapidamente se tornou uma armadilha mortal à medida que o oxigênio limitado foi consumido, deixando para trás uma nuvem tóxica de dióxido de carbono.

Conforme a investigação avança, as atenções se voltam para a tripulação do iate. O capitão, James Cutfield, junto com o engenheiro de máquinas Tim Parker Eaton e o marinheiro Matthew Griffith, encontram-se agora no centro de uma investigação criminal. As autoridades estão explorando a possibilidade de acusações de “homicídio culposo múltiplo”, embora alertem que acusações formais podem não se materializar.

O próprio Bayesian permanece submerso. Estão em andamento planos para levantar a embarcação, não apenas para aprofundar a investigação, mas também para prevenir danos ambientais potenciais devido ao vazamento de combustível. Em uma reviravolta irônica, a operação de resgate será, ao que tudo indica, financiada por Angela Bacares, esposa de Mike Lynch, que sobreviveu ao desastre.

À medida que a comunidade de iatismo lida com essa catástrofe, muitas perguntas surgem. Como uma embarcação de última geração pôde sucumbir tão rapidamente a uma tempestade? Havia sinais de alerta que passaram despercebidos? E quais lições podem ser aprendidas para prevenir futuras tragédias?

Uma coisa é certa: o desastre do Bayesian deixará uma marca no mundo dos iates de luxo. À medida que a investigação continua e mais detalhes emergem, a comunidade marítima estará atenta, na esperança de obter insights que possam prevenir futuras catástrofes em alto-mar.

Fonte: CNN

Lucas Rabello
Lucas Rabello

Fundador do portal Mistérios do Mundo (2011). Escritor de ciência, mas cobrindo uma ampla variedade de assuntos. Ganhou o prêmio influenciador digital na categoria curiosidades.