Um trágico acidente aéreo em Vinhedo deixou 62 pessoas mortas, incluindo 58 passageiros e 4 tripulantes. A aeronave da Voepass estava voando de Cascavel, no Paraná, para Guarulhos, em São Paulo, na sexta-feira, 9 de agosto, quando repentinamente perdeu contato com o controle de tráfego aéreo e caiu em parafuso.
Entre as vítimas estava Rosana Xavier, de 23 anos, que enviou mensagens de texto assustadoras para sua mãe antes do desastre. Às 11h47, Rosana escreveu: “Meu, duas horas de voo. Vamos chegar com chuva. Que medo desse voo. Juro, o avião é velho.” Um minuto depois, ela adicionou: “Tem uma poltrona quebrada. Juro. Caos.”
A mãe de Rosana, Rosemeire Xavier, compartilhou essas mensagens com a rede brasileira TV Globo, revelando a ansiedade que sua filha sentiu durante o voo. Rosemeire lembrou que pediu para Rosana ler um versículo da Bíblia para se acalmar, mas ela também começou a se preocupar depois de receber as mensagens inquietantes.
A jovem estava viajando a trabalho e estava no avião em voo de volta para casa, em São Paulo.
A Força Aérea Brasileira relatou que o avião estava voando normalmente às 13h20, mas parou de responder ao controle de tráfego aéreo logo em seguida. A causa do acidente ainda está sob investigação. Entre as principais hipóteses está a formação de gel associada a um procedimento equivocado da tripulação ou falha mecânica.
Após a tragédia, que foi a mais grave da aviação comercial desde 2007, os primeiros socorristas trabalharam incansavelmente para recuperar os corpos de todos os passageiros e tripulantes. Ontem, 12 de agosto, foram terminadas as necropsias e foi constatado que a maioria das vítimas morreu de politraumatismo.
A Voepass, a companhia aérea que operava o voo, divulgou um comunicado dizendo: “A empresa está prestando suporte pelo telefone 0800 9419712, disponível 24 horas por dia, fornecendo informações a todos os seus passageiros, familiares e funcionários.” Eles também mencionaram que estão tomando todas as medidas necessárias para apoiar os afetados pelo acidente.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da FAB (Força Aérea Brasileira), continua investigando o acidente.