O mundo nunca deixou de ser um lugar cheio de mistérios, mas todos provavelmente vão concordar que nosso planeta era um lugar muito mais assustador, misterioso e perigoso no passado. A civilização humana vem avançando e se desenvolvendo ano após ano, e quando olhamos para o passado é natural que muitas coisas nos assustem e causem certo espanto.
Nessa lista, você vai conhecer algumas histórias arrepiantes do passado.
Confira:
1. A cabeça de Diogo Alves

Para muitas pessoas, Diogo Alves é o primeiro Serial Killer da história de Portugal, e a sua história é digna de um filme de terror. Nascido na Galícia, em 1810, Diogo viajou para Lisboa ainda quando era criança, para trabalhar como servente em casas de famílias afortunadas.
Com o tempo, no entanto, o garoto percebeu que poderia ganhar muito mais dinheiro com o crime. Foi então que ele se mudou para o Aqueduto das Águas Livres. Por lá, passavam vários fazendeiros todos os dias, levando consigo os rendimentos do trabalho no campo. Alves se posiciona em um ponto estratégico da estrada, durante a noite, esperando pela passagem dos trabalhadores e aguardando pelo momento certo para atacá-los.
Entre 1836 e 1839, Diogo roubou e matou mais de 70 pessoas no Aqueduto, sendo que na maioria dos casos ele jogava suas vítimas de cima de uma ponte, fazendo com que muitas mortes fossem dadas como suicídios.
Eventualmente, Diogo foi preso com um grupo de outros bandidos enquanto atacavam a casa de um médico local. Depois de capturado, recebeu sentença de morte por enforcamento. Sua história, no entanto não acabou por aí.
Os cientistas da época enxergaram em Diogo um material interessante de pesquisa, e pretendiam analisar sua cabeça para tentar encontrar alguma característica que pudesse explicar suas atitudes malignas. Por isso, sua cabeça foi removida do restante do seu corpo, e preservada em um jarro para pesquisas posteriores.
Atualmente, a cabeça de Diogo Alves se encontra em posse da Universidade de Lisboa, e é uma das antiguidades mais bizarras da história de Portugal.
2. O “homem-lagosta”

Grady Stiles Jr., que ficou conhecido como o “Garoto Lagosta”, nasceu em Pittsburgh, nos EUA, em 1937, e se tornou famoso por participar dos infames “Freak Shows”, onde pessoas com deformidades e condições raras se apresentavam para públicos gigantescos, que se reuniam para saciar uma curiosidade, no mínimo, um tanto quanto mórbida.
Portador de uma condição chamada “ectrodactilia”, suas mãos se assemelhavam a garras de lagosta, o que explica o seu apelido. A condição também afetava os seus pés, o que fazia com que ele não fosse capaz de caminhar adequadamente. Por isso, na maior parte do tempo, ele utilizava cadeiras de rodas ou usava seus braços para se locomover.
Eventualmente, Stiles se casou com Maria Teresa, uma mulher que também trabalhava para os Freak Shows, mas havia decidido fugir das apresentações. Com ela, o rapaz teve dois filhos, mas a vida em família não foi assim tão boa. Alcoólatra e abusivo, Stiles agrediu sua esposa inúmeras vezes, e seus abusos também atingiram os filhos.
As coisas fugiram completamente do controle quando, certo dia, Stiles assassinou a sangue frio o noivo de sua filha, Donna, com quem não se dava bem. O crime ocorreu um dia antes do casamento. Posteriormente, em seu julgamento, ele admitiu o crime sem nenhum remorso. Como nenhuma prisão era capaz de lhe oferecer acessibilidade para sua condição, ele foi enviado para prisão domiciliar.
O mais bizarro de tudo é que, em 1989, alguns anos depois da condenação e consequente divórcio, sua ex-esposa aceitou casar-se novamente com ele. No entanto, como já era de se esperar, as agressões começaram mais uma vez. E foi então que, poucos anos depois, ela pagou algo em torno de 1500 dólares para que um vizinho matasse seu marido. No seu julgamento, a esposa disse que tinha certeza que Stiles acabaria matando toda a sua família se ele continuasse vivo.
3. A mulher que sobreviveu a 3 naufrágios

Se isso é sorte ou azar, você decide, mas Violet Jessop definitivamente não teve uma vida tranquila. Aos 21 anos de idade, em 1908, ela começou a trabalhar a bordo de vários navios, mas nem imaginava os momentos complicados que essa profissão lhe traria.
Em 1910, ela passou a trabalhar para a companhia White Star Line, e um ano depois ela acabou participando do acidente envolvendo o HMS Olympic e o navio de guerra britânico HMS Hawke, que se chocaram em uma passagem estreita. Apesar do susto, esse nem de longe seria o momento mais difícil de Jessop em sua profissão.
Apenas um ano depois, a garota foi enviada para o RMS Titanic, cuja história você provavelmente já conhece. A garota estava no navio quando ele se chocou contra um iceberg e afundou, mas felizmente ela conseguiu entrar em um dos botes salva-vidas, e sobreviveu ao trágico acidente.
Nenhum desses traumas, no entanto, foi capaz afastar Jessop do seu trabalho. Durante a Primeira Guerra Mundial, ela trabalhou no HMHS Britannic, que atuava como um hospital móvel, transportando soldados feridos para o Reino Unido. Em uma de suas missões, o Britannic atingiu uma mina alemã, e acabou afundando. Por muito pouco este último acidente não culminou na morte de Jessop, já que ela quase foi sugada pelas lâminas de propulsão do navio. Felizmente, no entanto, ela escapou por pouco e sobreviveu para contar a história.
4. A triste história de Ota Benga

Ota Benga foi um membro de uma tribo de pigmeus do Congo, nascido em meados de 1880. Dentro da sua comunidade, ele se casou e teve dois filhos, mas todos os seus sonhos foram ceifados antes mesmo do jovem completar 20 anos de idade. Na segunda metade da década de 1890, enquanto Benga estava caçando, um grupo de colonizadores belgas assassinou sua esposa e seus filhos.
Depois disso, Benga foi capturado pelos belgas e levado por comerciantes de escravos, posteriormente sendo posto para trabalhar em uma indústria. Em 1904, um empresário chamado Samuel Verner, dos Estados Unidos, colocou seus olhos em Benga.
Verner possuía ideais racistas, e acreditava que Ota Benga era algum tipo de “elo intermediário” entre os seres humanos e um suposto antepassado da nossa espécie. O empresário comprou o escravo e o levou para St. Louis, onde foi exposto de forma humilhante na Feira Mundial de 1904, como se não fosse um ser humano.
Posteriormente, ele também foi exposto no Zoológico do Bronx, no mesmo local reservado para os macacos, em uma atitude degradante e desumana que ilustra a perversidade do racismo da época. Após pressão de parte da sociedade da época, o zoológico foi forçado a desligar a exibição, e Benga fora libertado.
O rapaz trabalhou durante alguns anos na Virgínia, mas decidiu voltar para a África em 1914. Sua tentativa, no entanto, fora frustrada pelo início da Primeira Guerra Mundial. Tragicamente, Benga se suicidou dois anos mais tarde, com um tiro no peito, colocando um ponto final a uma vida marcada por injustiças, preconceitos e humilhações. Sua história, hoje, serve para mostrar ao mundo sobre o quão perverso o ser humano pode ser com seus semelhantes.
5. O único padre condenado à morte nos EUA

O alemão Hans Schmidt teve uma infância marcada por hobbies mórbidos e gostos duvidosos. Nascido em Aschaffenburg, em 1881, sua atividade favorito quando era uma criança era passar as tardes assistindo ao abate de vacas e porcos no matadouro local.
Quando mais velho, se envolveu com a Igreja Católica, e se transformou em um padre. Aos 25 anos, deixou de atuar na Alemanha e foi enviado para a Igreja de São Bonifácio, em Manhattan, nos EUA.
Lá, ele conheceu a jovem austríaca Anna Aumuller, que havia sido contratada recentemente pela Igreja para o setor de compras. Eventualmente, Aumuller e Hans Schmidt tiveram um caso.
Em 26 de fevereiro de 1913, o casal decidiu se casar em uma cerimônia secreta, realizada pelo próprio padre em um recinto reservado. A história, no entanto, tomou um caminho perverso quando a garota anunciou que estava grávida, alguns meses mais tarde.
Hans sabia que seus dias como padre estariam contados caso a história de sua relação com Aumuller viesse à tona. Por isso, em 2 de setembro de 1913, ele invadiu o apartamento que havia alugado para a amante, cortou sua garganta com uma faca de açougueiro e arrancou sua cabeça. Não satisfeito, ele partiu o corpo da garota em vários pedaços, jogando os restos mortais no rio Hudson.
Os restos mortais de Aumuller foram encontrados pela polícia alguns meses depois, e a investigação apontou para o nome de Hans. Quando confrontado, ele prontamente admitiu o crime, e afirmou: “Eu a amava, mas sacrifícios precisam ser consumados em sangue”.
Os Estados Unidos condenaram Schmidt à morte por assassinato em primeiro grau. Portanto, em 18 de fevereiro de 1916, ele foi colocado em uma cadeira elétrica, onde fora executado. Até hoje, este foi o único padre condenado à morte nos EUA.