O ano era 1953, e os Estados Unidos viviam o clima tenso da Guerra Fria, com os governantes querendo a qualquer custo provar o potencial ofensivo que o país tinha em relação aos demais. Foi então que, no dia 17 de março daquele ano, os EUA conduziram um teste com armamentos nucleares, nomeado “Upshot-Knothole Annie”.
Na ocasião, o teste (que envolvia o lançamento de uma bomba atômica) foi televisionado para o país inteiro, como uma forma de mostrar para o povo estadunidense o poderio bélico da própria pátria.
Mas longe das televisões, os EUA conduziram um teste em paralelo ao lançamento da bomba, que foi chamado de “Operação Doorstep”. Neste teste, o governo colocou duas casas de madeira em uma região próxima à explosão da bomba Annie, posicionando uma série de câmeras nas proximidades com o intuito de registrar o que aconteceria com essas casas no momento do impacto.
A intenção deste teste era mostrar posteriormente ao público o que poderia acontecer com as residências típicas dos estadunidenses na ocasião de um ataque nuclear. E para que tudo ficasse ainda mais real (e assustador) foram colocados manequins, carros, e até mesmo móveis no interior das casas. A primeira casa foi colocada a cerca de 1km do centro da explosão, e a segunda um pouco mais longe – a 2,2km.
O resultado foi um cenário digno de um filme de terror, capaz de transmitir o pavor que um bomba desta magnitude pode provocar em qualquer localidade habitada.
Confira algumas das fotos registradas pelos EUA na ocasião, que inclusive chegaram a ser vendidas para os cidadãos à época por alguns centavos de dólares.
Os manequins foram posicionados dentro das casas como uma forma de simular a presença de uma família convencional nas residências.

Os bonecos também foram colocados dentro de carros espalhados pela região da explosão.



Algumas pessoas, à época, acreditavam que permanecer dentro do carro poderia ser uma forma de se proteger de uma eventual explosão. Até por isso, os carros foram incluídos no teste.

Uma “família de manequins” posicionada como se estivesse se protegendo da explosão.

Dentro das casas, foram colocadas algumas estruturas simulando abrigos e áreas de proteção.

Manequins minutos antes da explosão.

Modelo de residência utilizada para o teste. A estrutura era toda feita de madeira.

Momento da explosão. Para proteger a câmera, foi utilizada uma camada de 5cm de chumbo.

Momento exato em que a casa era literalmente varrida pela explosão. A única iluminação utilizada para essa fotografia foi a provocada pela bomba.

Destruição total.

Como a casa ficou após a explosão.

Resultado da explosão em um sala de jantar.

“Família” afetada pela explosão.

As casas podem parecer estar em um estado consideravelmente bom após a explosão, mas vale ressaltar que elas estava localizadas a mais de 1km do centro do seu epicentro. Ou seja, elas não foram afetadas pelo fogo provocado pela bomba, “apenas” pelo impacto.

Rastros de destruição deixados pela bomba.

Manequins após a explosão.

Um sorriso macabro no canto esquerdo, em contraste com a destruição.

Destroços da casa de madeira.

Sala de estar de uma das casas atingidas.

Fotografia de um dos quartos.

Um dos funcionários envolvidos no teste, trabalhando nos destroços da explosão.

Veículo devastado pelo impacto da bomba.
