Os mistérios do universo são algo que sempre nos cativou e, por isso, chegamos a um ponto em que a exploração espacial se tornou um dos nossos maiores desafios, como também, a nossa maior conquista.
Somado ao conhecimento dos eventos cósmicos que já temos, abrimos infinitas possibilidades para visitas e colonizações interplanetárias, como também não perdemos nada ao imaginar um encontro épico com civilizações longínquas.
Afinal, já dizia o divulgador científico Carl Sagan “Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço, mas o que é mais assustador? A ideia de extraterrestres em mundos estranhos, ou a ideia de que, em todo este imenso universo, nós estamos sozinhos?”
Seja qual for a resposta para essas duas perguntas, a conclusão será sempre assombrosa. Porém, de uma coisa temos certeza: existem certos mundos que você nunca – nunca mesmo, sob hipótese alguma – terá vontade de visitar. E nós explicaremos o motivo.
Conheça 10 planetas que você jamais vai querer visitar:
10 – Netuno

Netuno não nos parece tão perigoso assim, mas depois de conhecer um pouquinho mais sobre o que tem neste planeta, certamente você irá abortar a missão de visitá-lo.
Ventos fortes de impressionantes 2.400 quilômetros por hora empurram nuvens congeladas de gás natural além da borda norte da Grande Mancha Escura do planeta – um furacão do tamanho da Terra.
2.400 quilômetros por hora é mais que o dobro da velocidade necessária para quebrar a barreira do som e tais forças estão claramente além do que um humano poderia suportar. Em outras palavras, uma pessoa que estivesse em Netuno provavelmente seria destruída e perdida para sempre nessas correntes violentas e perpétuas de vento.
9 – Marte

Marte parece um destino próximo para futuras colonizações, porém existem muitos pontos negativos do planeta vermelho: uma tempestade de poeira pode se desenvolver em questão de horas e envolver o planeta inteiro em pó em poucos dias. Marte possui as maiores e mais violentas tempestades de poeira do nosso sistema solar.
Os vórtices de poeira marcianos elevam-se sobre suas contrapartes terrestres, atingindo a altura do Monte Everest com ventos superiores a 300 quilômetros por hora. Quando uma tempestade se desenvolve, pode demorar meses para que toda poeira se assente e volte ao que era antes,
A Bacia de Hellas, por exemplo, é a cratera de impacto mais profunda do Sistema Solar: as temperaturas na parte inferior da cratera podem ser 10 graus acima do que na superfície e a cratera está profundamente cheia de poeira.
Acontece que a diferença de temperatura acaba alimentando a ação do vento que aspira a poeira e, em seguida, a tempestade emerge da bacia, em um ciclo sem fim.
8 – Plutão

Plutão parece inofensivo, mas não se engane: este não é um país das maravilhas do inverno. Plutão é sim, extremamente frio, porém sua constituição é de nitrogênio congelado, monóxido de carbono e metano que cobrem a superfície como neve durante a maior parte do seu ano plutoniano de 248 anos.
O gelo foi transformado de branco para marrom-rosado por conta das interações com os raios gama do espaço profundo e do sol distante. Em Plutão, durante um dia comum, o sol fornece tanto calor e luz quanto a lua cheia na Terra, o que significa que a temperatura da superfície por lá é de de -228 a -238 C. Em outras palavras, seu corpo congelaria instantaneamente, um motivo mais do que o suficiente para nunca visitar esse local, não é mesmo?
7 – 51 Pegasi b

Esse planeta foi apelidado de Belerofonte, em homenagem ao herói grego que doma o cavalo alado Pegasus.
Esse gigante gasoso é 150 vezes mais massivo que a Terra e é composto principalmente de hidrogênio e hélio. O problema é que Belerofonte está 100 vezes mais próximo de seu Sol do que a Terra e, por um lado, esse calor cria uma atmosfera com um nível de ventos pra lá de bizarro.
À medida que o ar quente sobe, o ar frio desce para substituí-lo, formando ventos de 1000 km por hora.
O calor, por outro lado, também garante que não exista vapor de água, mas isso não significa que não ocorram chuvas ali no planeta. Aliás essa é uma das peculiaridades de Belerofonte: o calor é tão intenso que permite que o ferro que compõe o planeta seja vaporizado.
Então, na medida em que o vapor sobe, nuvens de vapor de ferro se formam, muito semelhantes às nuvens de vapor de água aqui na Terra.
A diferença, bem… é que você não iria querer tomar um banho de chuva nesse local, apesar do calor, não é mesmo?
6 – Júpiter

Júpiter é um planeta da tormenta, que produz tempestades duas vezes maiores e mais extensas que a própria Terra. Essas tempestades geram ventos de 400 km/h e raios titânicos 100 vezes mais brilhantes que os da Terra, já imaginou?
Para deixar o cenário ainda mais assustador, sob essa atmosfera escura ainda há um oceano de 40.000 km de profundidade de hidrogênio metálico líquido. Aqui na Terra, por outro lado o hidrogênio é um gás incolor e transparente, mas no núcleo de Júpiter, o hidrogênio se transforma em algo nunca visto em nosso planeta.
Nas camadas externas de Júpiter, o hidrogênio fica sob a forma de gás, assim como na Terra. Mas à medida que você avança, a pressão atmosférica se torna tão torna tão grande que, na verdade, comprime os elétrons dos átomos de hidrogênio.
Então, sob tais condições extremas, o hidrogênio se transforma em um metal líquido, conduzindo eletricidade e também calor, produzindo uma aparência psicodélica como a de um espelho.
5 – Planeta de carbono

O planeta Terra mantém uma alta proporção de oxigênio e carbono, mas por incrível que pareça, o carbono representa apenas 0,1% da massa da Terra. É por isso que temos uma escassez de materiais à base de carbono, como combustíveis fósseis e diamantes.
Mas, no centro de nossa galáxia, onde o carbono é mais abundante que o oxigênio, a formação de planetas ocorre de forma bem diferente.
E é exatamente aqui que você encontra o que os cosmólogos chamam de planetas de carbono.
Em um planeta como esse, o céu matinal seria tudo menos cristalino e azul como aqui na Terra. Por exemplo, imagine algo como uma névoa amarela com nuvens negras de fuligem. Ao adentrar a atmosfera, você encontraria mares negros, compostos de petróleo e alcatrão. A superfície do planeta borbulha com poços de metano fedorento.
A previsão do tempo também não parece boa: chuvas de gasolina e asfalto e um calor tão intenso que deixaria Mordor no chinelo. Mas a boa notícia é que, pelo menos, a riqueza seria garantida: afinal onde o carbono é abundante, você também encontra grandes quantidades de diamante.
4 – Vênus

De bonito, Vênus só tem o nome e a mitologia. Apesar de estar em uma zona habitável e ser muito similar à Terra em muitos aspectos, existem algumas diferenças notáveis que fazem de Vênus o último lugar que alguém escolheria para viajar.
A atmosfera de Vênus é extremamente densa e hostil à vida como conhecemos e a temperatura tão alta que é capaz de derreter chumbo.
Vênus é como um inferno e, embora o dióxido de carbono seja invisível, as nuvens em Vênus são compostas por nuvens opacas de ácido sulfúrico. Nós não podemos ver essas nuvens, de modo que o que sabemos sobre a superfície de Vênus foi coletado por naves espaciais equipadas com instrumentos de imagem por radar, capazes de ver além das nuvens e revelar um pouco da superfície.
3 – COROT-exo-3b

COROT-exo-3b é o exoplaneta mais denso e maciço até hoje conhecido: ele é do tamanho de Júpiter, mas possui 20 vezes a massa do planeta. Isso torna o COROT-exo-3b duas vezes mais denso que o chumbo.
O grau de pressão exercida sobre um ser humano que caminha pela superfície de um planeta assim seria insuperável e humano pesaria quase 50 vezes o que pesa na Terra.
Em outras palavras, essa quantidade de pressão esmagaria os nossos esqueletos em instantes, como se houvesse uma sensação de um elefante se sentar sobre o seu peito.
2 – WASP-12b

Este é o planeta mais quente já descoberto, e sua temperatura é de cerca de 2.000 graus C. WASP-12b é simplesmente o planeta mais perto da estrela que orbita e sua atmosfera incineraria instantaneamente qualquer coisa que encontrasse.
Bom, esse parece um planeta que nem os adoradores do verão gostaria de conhecer, não é mesmo?
1 – CoRoT-7b

Do lado voltado para a estrela que orbita, a atmosfera é tão quente em CoRoT-7b que pode vaporizar rochas.
Cientistas modelaram a atmosfera desse planeta e determinaram que ele provavelmente não obtenha gases voláteis. Em vez disso há a possibilidade de que sua atmosfera seja composta de rocha vaporizada.
O sistema climático em CoRoT-7b é tão bizarro que rochas acabam chovendo sobre toda a superfície de lava derretida do planeta. Podemos defini-lo como um “pesadelo vulcânico”, totalmente hostil à vida como conhecemos.