Algumas perguntas nos perseguem desde a infância, e embora algumas pessoas tentem respondê-las e explicá-las, muitas vezes é difícil saber em quem acreditar.
Nesta lista, portanto, lhe convidamos a conferir o que a ciência tem a dizer sobre algumas das nossas dúvidas mais populares.
Veja:
1. Quantas horas devemos dormir toda noite?

Esta é uma pergunta difícil, já que a necessidade pode variar de pessoa para pessoa, mas a Sleep Foundation, dos EUA, foi atrás desta resposta por meio de um estudo, que resultou na seguinte tabela:
Recém-nascidos (0 a 3 meses): 14-17 horas.
Bebês (4-11 meses): 12-15 horas.
Crianças (1-2 anos): 11-14 horas.
Pré-escolares (3-5 anos): 10-13 horas.
Idade escolar (6-13 anos): 9-11 horas.
Adolescentes (14-17 anos): 8-10 horas.
Jovens adultos (18-25 anos): 7-9 horas.
Adultos (26-64 anos): 7-9 horas.
Idosos (65+ anos): 7-8 horas.
2. O que veio antes, o ovo ou a galinha?

Esta é uma pergunta que já causou muita dor de cabeça aos cientistas. No entanto, atualmente, é quase unanimidade dentro da ideia da teoria da evolução que o ovo apareceu antes do ancestral que deu origem à galinha, visto que ele não poderia simplesmente ter surgido do nada. Portanto, em determinado ponto da linha evolutiva, alguma espécie evoluiu e recebeu a característica de colocar ovos – de onde nasceram os ancestrais que, com o passar do tempo, originaram a galinha que hoje conhecemos.
3. Comer manga com leite faz mal para a saúde?

Você certamente já ouviu da sua avó, ou de alguém com mais idade, que a combinação entre leite e manga pode ser extremamente prejudicial para a saúde. Entretanto, trata-se apenas de um mito muito propagado ao longo do tempo, sem nenhum fundo científico. Na verdade, os dois alimentos são ricos em vitaminas e outras propriedades que podem lhe fazer bem.
Outra “crendice” comum semelhante a esta diz que não podemos comer uva com melancia, pois os alimentos supostamente poderiam “empedrar” dentro do estômago, podendo causar até mesmo a morte. Nem precisamos dizer que este também é apenas um mito, certo?
De qualquer forma, não lhe recomendamos brigar com sua avó por isso.
4. O que é a sensação de Deja-Vù?

“Deja-vù” é o nome dado à sensação de que já vivenciamos certo momento ou ocasião em alguma outra oportunidade, ainda que não lembremos completamente. De acordo com Freud, o deja-vù poderia representar algum tipo de trauma do nosso passado, ou um desejo intenso acerca de determinada coisa.
Já para os neurocientistas modernos, estes eventos podem ser causados por certas disfunções em determinadas áreas do cérebro. Por isso, se estes fenômenos ocorrem com muita frequência com você, pode ser interessante consultar um médico para fazer alguns exames e ver se está tudo ok.
5. Podemos tomar banho depois de comer?

Esta é mais uma dúvida propagada ao longo dos séculos, e que você provavelmente também já ouviu dos seus avós. No entanto, neste caso, as vovós podem ter um pingo de razão.
Realmente, se você tomar banho com água muito fria, logo após uma refeição, você pode desencadear uma série de processo indesejados no seu corpo. Como a digestão exige um grande fluxo sanguíneo, o suprimento de sangue com a finalidade de aquecer a sua temperatura corporal fica prejudicado, o que por sua vez pode resultar em choques térmicos.
Na maioria dos casos, não é nada muito grave, mas o recomendado mesmo é que, caso seja realmente necessário ir para o chuveiro (ou banheira) depois de uma refeição, você pelo menos utilize água quente ou morna.
6. Por que os gatos costumam ficar olhando para o “nada”?

Para algumas pessoas, esses comportamentos indicariam que os felinos são capazes de enxergar algo que nós supostamente não somos – como fantasmas, por exemplo. No entanto, a explicação científica para isso é um pouco menos “hollywoodiana”.
Se o seu gato está olhando para a frente de forma fixa, provavelmente ele está apenas se preparando para dormir… E já que os gatos dormem bastante, é provável que o seu gato repita este comportamento várias vezes.
Por outro lado, os gatos também possuem sentidos extremamente aguçados – principalmente a visão e a audição. Por isso, ao perceberem algum tipo de movimento ou ruído, podem ficar “congelados”, olhando para a fonte de atenção durante alguns segundos (ou minutos), esperando que o ruído ou movimento se repita. Este é apenas um dos resquícios evolutivos que os gatos – exímios caçadores – carregam do passado. Afinal, convenhamos que para capturar ratos e outros animais ainda menores, é necessário sentidos muito aguçados – e ainda assim sabemos que os felinos são “experts” nestas tarefas.
7. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar?

Este é um belo ditado, que muitas vezes cai bem para ilustrar uma situação em que dificilmente algo aconteceria mais de uma vez. No entanto, em se tratando do caso específico dos raios, e falando de forma científica, trata-se apenas de um mito.
Não há nenhum motivo científico que possa indicar que a queda de um raio em um local específico diminuiria a chance de novas descargas ocorreram neste ponto. Na verdade, se você pensar em prédios gigantescos e arranha-céus, os para-raios instalados no topo destas construções são atingidos repetidas vezes por descargas elétricas durante o tempo.
Pode levar apenas alguns minutos, ou milhões de anos, mas de fato um raio pode voltar a cair em um local que já atingiu anteriormente.
8. Por que as zebras possuem listras pretas?

Bem, talvez a primeira pergunta a se fazer seja: Zebras são animais brancos com listras pretas, ou animais pretos com listras brancas?
De acordo com estudos (sim, há estudos para tudo neste mundo), de fato as zebras são brancas, e possuem listras pretas. Tais listras, de acordo com os cientistas, teriam a utilidade evolutiva de chamar menos a atenção de moscas, que em determinada etapa da evolução destes animais realmente ofereciam um risco considerável para a saúde deles.
9. Podemos morrer ao ser atingidos por uma moeda jogada do topo de um prédio?

Este é um mito bastante antigo, que diz que se jogarmos uma moeda de um local muito alto, como o topo de um arranha-céu, por exemplo, ela poderia matar alguém por conta da velocidade do impacto ao chegar próxima ao solo. No entanto, este mito já foi detonado, visto que a moeda não possui um formato aerodinâmico suficientemente adequado para ganhar a velocidade necessária para fazer estrago em uma pessoa. De acordo com os cientistas, o máximo que você pode sentir ao ser atingido por uma moeda nestas condições é algo próximo a um “peteleco”, mas definitivamente você não pode perder a sua vida desta forma.
Menos mal, não? Ninguém gostaria de ter isso escrito em seu obituário.
10. Unhas e cabelos continuam crescendo após a morte?

Algumas pessoas que já tiveram contato com corpos em estado de decomposição, principalmente em exumações e procedimentos que envolvem a abertura de caixões, acreditam que as unhas e os cabelos do falecido continuam crescendo após a morte. No entanto, ainda que estas partes do corpo realmente possam parecer maiores em algumas situações, elas definitivamente não crescem depois que perdemos a vida.
Com a morte, todo o nosso corpo deixa de funcionar, inclusive os processos orgânicos que produzem o crescimento do cabelo e das unhas.
No entanto, o que causa confusões muitas vezes é o fato de que a nossa pele tende a murchar com a perda de líquido, resultante do processo de decomposição. Por isso, ao observarmos um cadáver que já está há algo tempo enterrado, podemos ter a impressão de que as unhas e cabelos estão maiores do que estavam em relação ao resto do corpo no momento do enterro, mas é apenas uma questão de perspectiva.