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10 misteriosas invenções e descobertas arqueológicas antigas que a ciência ainda não entende completamente

Leonardo Ambrosio

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Talvez você se surpreenda com as invenções que foram feitas há séculos, muitas vezes sem explicações sobre como as pessoas da época tinham conhecimento.

Uma das coisas mais fascinantes no ser humano e na civilização humana é a forma como evoluímos tecnologicamente ao longo do tempo. É incrível, por exemplo, analisarmos a forma como a vida de todos nós foi revolucionada após os inventos a popularização da Internet, dos smartphones, das redes sociais e etc. Mais incrível ainda é imaginar como era a vida das pessoas há muitos anos atrás.

Talvez você se surpreenda, no entanto, com as invenções que foram feitas há séculos, muitas vezes sem explicações sobre como as pessoas da época tinham o conhecimento necessário para tais criações.

Nesta lista, você confere alguns inventos que até hoje criam certos mistérios para a ciência:

1. Aço damasco.

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As espadas utilizadas pelos países do Oriente Médio durante a época das Cruzadas chamou atenção de todos que tiveram a oportunidade de conhecê-las. Mais resistentes ao impacto, à temperatura e outras situações extremas, as lâminas usavam um tipo diferente de aço daquele empregado no resto do mundo. Batizado de “aço damasco”, até hoje não se sabe exatamente a forma como ele era fabricado, e todas as tentativas de reproduzi-lo não foram bem sucedidas.

2. Manuscrito Voynich

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Trata-se de um livro manuscrito que remonta o século 15 ou 16, e tem autoria até hoje desconhecida. Todo o livro foi feito utilizando uma linguagem desconhecida no mundo inteiro, que nunca foi decifrada, e ilustrado com plantas que definitivamente não fazem parte das plantas conhecidas no nosso planeta.

3. Espada “Ulfberht”

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Os guerreiros do Oriente Médio não eram os únicos que tinham espadas de altíssima qualidade à disposição. Os vikings, entre o século 9-11, costumavam usar um tipo de espada conhecido como “Ulfberht”, que utilizava uma tecnologia bastante avançada para a época, similar de certa forma com as armas encontradas na Ásia.

Tudo passou a fazer um pouco mais de sentido quando em 2014 foi descoberto um túmulo viking com as inscrições “para Alá” – o que pode ser interpretado como uma prova da ligação entre as duas culturas, podendo explicar a semelhança nas tecnologias.

Assim como o aço de Damasco, no entanto, não se sabe exatamente como eram fabricadas as poderosas espadas Ulfberht.

4. Linhas de Nazca

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Quem já sobrevoou o Peru (ou gosta muito destes assuntos) certamente já viu ou ouviu falar sobre as linhas de Nazca. Estes estranhos “desenhos” (chamado de geóglifos) localizada no deserto de Nazca, ao sul do território peruano, supostamente foram feitos em 400-650 d.C, pelos povos nativos da região. Não se sabe, no entanto, a motivação deles, nem exatamente o que eles querem dizer.

Os desenhos mostram desde animais até uma estranha figura aparentemente humana, que muitos chamam de “astronauta”. Este é, sem dúvidas, o geóglifo mais curioso e enigmático do local.

5. Ferro de Wolfsegg

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Encontrada em Wolfsegg, na Áustria, este artefato esférico feito de ferro chamou a atenção desde o momento de sua descoberta, em 1885, por se assemelhar a um meteoro. O artefato foi encontrado em uma mina, junto a uma camada de carvão de milhões de anos atrás, e por isso muitas teorias conspiratórias envolveram o artefato, dizendo que ele poderia ter origem “alienígena”. A ciência não consegue afirmar com certeza a origem da “rocha”, que aparenta ter sido moldada neste formato, mas acredita-se que pode realmente ser um meteorito ou alguma peça de mineração que foi fundida com o material ao seu redor pela ação do tempo.

6. Mapa de Piri Reis

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O Mapa de Piri Reis, feito em 1513, é um dos materiais cartográficos mais curiosos e misteriosos da história, principalmente por oferecer uma riqueza de detalhes envolvendo a América Latina, Groenlândia e até mesmo a Antártida em uma época onde o conhecimento sobre essas regiões era muito escasso. Acredita-se que de alguma forma o cartógrafo otomano tenha tido contato com as descobertas de Cristóvão Colombo, mas permanece um mistério a forma como ele adquiriu todo o conhecimento que tinha naquela época.

7. Pilar de Ferro de Delhi

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O Pilar de Ferro de Delhi, na Índia, divide cientistas do mundo inteiro pela razão pela qual ele nunca enferruja. Alguns acreditam que tenha algo a ver com o clima da cidade indiana, enquanto outros creditam a ausência de enxofre e manganês no pilar.

No entanto, o que todos concordam é que a peça é realmente uma obra de arte da engenharia.

8. Esferas de pedra da Costa Rica

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Estas rochas esféricas foram feitas, de acordo com os cientistas, pela antiga cultura Diquis, da Costa Rica. Algumas chegam a pesar 15 toneladas, e foram feitas utilizando calcário, arenito e tipos diferentes de basalto. O que não se sabe, no entanto, é o motivo pelo qual as rochas foram criadas.

Como a maioria das esferas foram movidas de lugar por pesquisadores e até mesmo por vândalos, é realmente difícil testar a aplicação das rochas em técnicas antigas de navegação ou registro de tempo.

9. Fogo grego

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Durante meados do século 7, as tropas de Constantinopla causavam temor em seus inimigos por conta do emprego do chamado “fogo grego” – uma arma incendiária acionada a partir de embarcações, que foi crucial para várias vitórias importantes para a manutenção do império durante a história. As chamas, extremamente poderosas, supostamente eram capazes de continuar queimando mesmo em contato com a água.

A “fórmula” utilizada para a fabricação destas armas incendiárias, no entanto, era um segredo muito bem guardado por Constantinopla, e que acabou desaparecendo junto com o Império, quando este ocasionalmente caiu.

10. Sismógrafo de Zhang

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Em algum momento durante os anos 130 d.C, um cientista chinês chamado de Zhang Heng criou aquele que é conhecido até hoje como o primeiro modelo de sismógrafo, chamado hoje em dia de “Sismógrafo de Zhang”. Àquela época, os chineses não compreendiam ainda que os terremotos eram causados pelos movimentos nas placas tectônicas, e a maioria dos autores da época falavam em causas mágicas, religiosas, e atribuídas também ao vento.

Não se sabe muito bem como, no entanto, funcionava o sismógrafo de Zhang, visto que o modelo original do artefato foi perdido antes que se pudesse examinar perfeitamente como ele funcionava por dentro.

Tudo que se sabe, no entanto, é que o sismógrafo possuía oito bocais, apontando para diferentes direções, com o formato de um dragão. Pela “boca” dessas dragões, quando um terremoto estava por acontecer, caía uma bola de metal diretamente dentro de uma espécie de “copo” em forma de sapo, posicionada logo abaixo de cada um dos dragões. O sismo supostamente ocorreria na direção do “copo” respectivo.

Algumas fontes dão conta de que o equipamento chegou a funcionar e prever alguns terremotos, ganhando notoriedade na época e tendo sido citado em diversos relatos e documentos importantes da época. O que não se sabe, no entanto, é como exatamente ele era por dentro, e como funcionava.

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Leonardo Ambrosio tem 26 anos, é jornalista, vive em Capão da Canoa/RS e trabalha como redator em diversos projetos envolvendo ciências, tecnologia e curiosidades desde 2014.