A história do Egito Antigo fascina milhares de pessoas ao redor do mundo. Seja por conta das fascinantes pirâmides ou pelas histórias sobre Faraós, muitos procuram conhecer como viviam as pessoas naquela época.
No entanto, nem tudo já foi 100% explicado quando estamos falando dos antigos egípcios, e ainda restam vários mistérios sem solução, como esses que você conhecerá nesta lista.
Confira:
1. Tecnologia das pirâmides.

Há muito tempo os cientistas tentam explicar com a exatidão como o povo do Egito Antigo foi capaz de construir estruturas tão grandes e complexas para a época como as pirâmides.
Alguns especialistas acreditam que os blocos (de até 70 toneladas) foram produzidos exatamente no local onde deveriam ficar durante a construção dos monumentos. Isto, é, cada bloco teria sido construído um logo acima do outro, sem que fosse necessário arrastá-los até o local.
Isso pode fazer algum sentido, mas para outros cientistas e historiadores, não há evidências suficientes para afirmar que esta explicação é definitiva.
2. Estranha múmia envolvida em um livro estrangeiro.

Em meados de 1840, um homem comprou uma múmia de um comerciante de Alexandria, e passou a exibi-la como um ornamento durante anos, até que algo muito estranho fosse percebido em seu “artefato”. Depois que um grupo de especialistas retirou parte das bandagens que cobriam a múmia, ficou constatado que ela estava envolvida no que parecia ser um livro.
No entanto, o texto estava totalmente escrito em uma língua diferente do egípcio. Depois de uma série de pesquisas, foi descoberto que o texto em questão estava em etrusco – um idioma utilizado pelo povo que viveu na Península Itálica em um período ainda incerto na cronologia histórica, mas que deixou como legado uma série de artefatos artísticos e uma língua que até hoje não foi totalmente desvendada.
O texto que fora encontrado envolvendo a múmia egípcia é, de fato, o maior texto em etrusco já encontrado em toda a história, mas ninguém faz ideia do motivo pelo qual ele foi utilizado para esta finalidade.
3. Suposta maldição de Tutancâmon.

Descoberta em 6 de novembro de 1922, por Howard Carter e George Carnarvon, a tumba de Tutancâmon é constantemente citada como “amaldiçoada”.
Reza a lenda que, durante as primeiras escavações realizadas no local, Carter teria encontrado dizeres em egípcio com a seguinte frase: “A morte estenderá suas asas para todos aqueles que perturbarem a paz do Faraó”.
Obviamente, não é possível atestar com certeza se o referido realmente aconteceu, mas o fato é que uma série de membros da equipe de escavação morreram alguns anos depois.
Em 1930, apenas oito anos após a escavação, somente Howard Carter seguia vivo.
Para muitos pesquisadores, a explicação por trás da “maldição” é um certo tipo de veneno que fora supostamente espalhado nas paredes do túmulo do antigo Faraó, mas ainda não se sabe exatamente o que aconteceu.
4. A pirâmide destruída de Djedefre.

O faraó Djedefre, também conhecido como “Ratoises”, gostaria de ter a maior pirâmide de todas no Egito, e estava disposto a fazer qualquer coisa que estivesse ao seu alcance para que isso fosse possível. Ele não conseguiu recursos suficientes para construir a maior pirâmide entre todas, mas conseguiu dar “jeitinho” – ele construiu sua pirâmide no topo de uma montanha.
Entretanto, por motivos que até hoje não são totalmente compreendidos, a pirâmide de Djedefre é a única de que se tem conhecimento que foi totalmente destruída. Só o que restou da construção foi a base.
5. O Mistério de Nefertiti.

De acordo com muitas fontes que falam sobre o Egito Antigo, Nefertiti foi a primeira mulher a governar o Egito Antigo, supostamente uma das primeiras mulheres extremamente poderosas em toda a história. No entanto, apesar de exaustivas buscas realizadas por arqueólogos e demais especialistas, até hoje não foi encontrado o paradeiro de seus restos mortais.
Durante algum tempo se acreditou que Nefertiti poderia ter sido sepultada em uma câmara especial dentro da tumba de Tutancâmon, mas análises recentes mostraram que não há indícios de que isso tenha, de fato, acontecido.
Para a historiadora Joyce Tydseley, a explicação pode ser um pouco mais chocante (e simples) do que muitos imaginam: Ela nunca foi faraó, e não era assim tão importante na época. Tydseley defende que a ideia de que a antiga egípcia tenha governado o Egito foi moldada por historiadores que descobriram uma escultura do seu rosto, mas que na verdade ela não teve tanta importância em vida, e por isso não há tantos registros sobre ela, nem ideias sobre o paradeiro de seus restos mortais.
6. Qual seria a verdadeira idade da Esfinge?

A maioria dos historiadores concordava até pouco tempo que a Esfinge de Gizé teria sido construída, aproximadamente, em 2540 a.C. No entanto, após a descoberta de algumas pistas, a compreensão sobre este tema parece ter mudado um pouco.
Primeiramente, documentos históricos dão conta de que, em 2540 a.C, teriam sido dadas ordens de manutenção da Esfinge, e não para a construção da mesma, o que obviamente indica que ela foi construída bem antes. Além disso, foram encontrados sulcos feitos pela água da chuva em sua estrutura, e de acordo com os especialistas, as águas só atingiram níveis necessários para formar tais sulcos, no Egito, há pelo menos 8 mil anos.
Com isso, outra dúvida surge. Como acredita-se que a Grande Pirâmide tenha sido construída antes da Esfinge, ela pode ser ainda mais antiga do que se imaginava.
7. Câmara secreta da Grande Pirâmide.

Construída para guardar os restos mortais do Faraó Khufu, a Grande Pirâmide foi concluída, estima-se há 4500 anos. Ao todo, foram utilizados 2,3 milhões de blocos de pedra durante a sua construção, o que faz dela uma estrutura incrível para a época, e mesmo para os dias de hoje.
Como não poderia ser diferente, ela também tem os seus mistérios.
Em novembro de 2017, durante processos de escaneamento, especialistas perceberam a presença de uma câmara secreta, escondida logo acima da Grande Galeria.
Não se sabe exatamente o que há dentro dela, mas seja lá o que for (se houver), teria que ter sido colocado durante a construção da estrutura, já que não existem caminhos nem entradas para a câmara, e ela aparentemente fora selada há muito tempo.
8. A lâmpada de Dendera.

Em uma das paredes do templo de Dendera, no Egito, há uma imagem realmente intrigante, que para muitos significa que os egípcios tinha mais conhecimento tecnológico do que imaginávamos.
Na figura, um tanto quanto estranha, uma cobra parece estar saindo de uma grande bola de fogo, enquanto é agarrada por um pilar com mãos humanos. O que chama atenção, no entanto, é que o desenho se parece muito com um tubo de Crookes, uma lâmpada primitiva inventada (supostamente) no século 19.
Teriam os egípcios descoberto a tecnologia da lâmpada já naquela época?
De fato, a sala onde fora encontrada esta pintura é o único local do templo inteiro que não possui resquícios de tochas. Então como fariam para enxergar qualquer coisa dentro da sala? É justamente aí que mora o mistério.
9. O misterioso Reino de Punt.

Em diversos registros datados do Egito Antigo, os egípcios fazem menção a um reino chamado “Punt”, que supostamente ficava na África, e era repleto de ouro e outras riquezas. Em uma antiga imagem egípcia, inclusive, é representada a imagem de uma mulher que supostamente fora rainha deste reino, que até hoje não foi encontrado, nem se sabe em que território moderno pode ter existido.
As únicas pistas que dão algum tipo de luz para os especialistas sobre este tema são dois babuínos mumificados, que ao que tudo indica foram tidos como presentes do Reino de Punt. Análises de DNA dos animais apontaram que eles provavelmente vieram da Eritréia moderna, ou da Etiópia Oriental.
10. Esfinge de Israel.

Em 2013, na cidade de Tel Hazor, em Israel, arquéologos encontraram as “patas” de uma esfinge egípcia de 4 mil anos de idade, repousando naquilo que acreditam ter sido a sua base. O restante do monumento até então desconhecido provavelmente foi destruído em algum momento.
A única pista encontrada pelos arqueólogos foi uma inscrição localizada na base: “Rei Miquerinos” – um faraó que, de acordo com os historiadores, governou o Egito em meados de 2500 a.C.
A hipótese mais aceita como explicação para o fato de uma esfinge egípcia ter sido encontrada em Israel é a que diz que ela deve ter sido oferecida como um presente. O que não se sabe, no entanto, é por que ela foi destruída.
Provavelmente não gostaram tanto assim do presente…