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Infelizmente, não é de hoje que sabemos que o ser humano não é muito amigável com o meio ambiente ao seu redor. Transformamos os lugares por onde passamos para que eles fiquem cada vez mais confortáveis para nós, e exploramos a natureza para tirar dela aquilo que queremos.
Como resultado deste nosso comportamento, muitos lugares do nosso planeta hoje são praticamente proibidos para os seres humanos, já que mesmo uma curta estadia por lá poderia causar sérios riscos.
Nessa lista, você vai conhecer 10 lugares que, graças ao ser humano, hoje são considerados extremamente perigosos.
1. Ilhas de Anthrax.

A produção de armas químicas, bem como os testes que envolvem este tipo de armamento, são apenas uma das formas pelas quais o ser humano coloca o próprio planeta em risco. Os Estados Unidos, o Reino Unido e a antiga União Soviética possuem um grande histórico envolvendo estas armas. Por conta dos testes, existem três ilhas espalhadas pelo mundo que hoje são totalmente inabitadas e muito perigosas por conta da presença de resquícios do Anthrax.
Uma delas é a Ilha de Gruinard, na costa da Escócia, que foi utilizada pelo Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial como uma área de testes. O local foi evacuado no fim do século 20, após décadas de testes envolvendo o Anthrax.
Já os russos realizaram uma série de testes na ilha de Vozrozhdeniya, entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, no começo dos anos 1950. A ideia dos soviéticos era descontaminar a ilha, mas a URSS acabou caindo antes que isso pudesse ser colocado em prática.
Os Estados Unidos, por sua vez, realizaram várias operações no Centro de Doenças Animais, na Ilha de Plum, na costa de Nova Iorque. Até hoje não se sabe exatamente o tamanho dos danos provocados na ilha por parte dos estadunidenses.
2. Zona Desmilitarizada da Coreia.

A palavra “desmilitarizada” pode lhe passar uma falsa sensação de que trata-se de uma zona segura, mas esse não é o caso. A Zona Desmilitarizada da Coreia fica exatamente na divisa entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, e possui uma quantidade enorme de minas e bombas plantadas ao longo de mais de 250km de terra.
Muitos coreanos se arriscam todos os anos atravessando a fronteira de forma clandestina, mas nem é preciso dizer o quão perigosa pode ser essa aventura, não é mesmo?
Além das bombas, vários soldados dos dois países ocupam as duas extremidades da fronteira, para evitar que alguém atravesse a zona.
3. Gilman, Colorado – EUA

Gilman era uma cidade focada na mineração em 1886, durante o “boom” da prata no Colorado. Entretanto, toda a população local foi evacuada em 1984 devido a uma solicitação das autoridades estadunidenses.
A cidade precisou ser abandonada porque a água da região foi intensamente prejudicada pelas práticas pouco cuidadosas da mineradora, e acabou contaminada com zinco, cobre, cádmio, arsênio e outros elementos perigosos.
Desde o abandono da cidade, as casas e construções que ficaram para trás sofreram muito com a ação de vândalos, mas é possível encontrar até mesmo alguns veículos abandonados pela região.
4. Atol de Bikini – Oceano Pacífico

O Atol de Bikini talvez seja uma das localidades mais famosas dessa lista. Fica localizado no Oceano Pacífico, e foi alvo de uma série de testes conduzidos em meados dos anos 50. Há aproximadamente 70 anos, todos os moradores locais foram expulsos de lá por conta de testes nucleares realizados pelos Estados Unidos.
O primeiro teste ocorreu em 1º de março de 1954, envolvendo a bomba de hidrogênio chamada ‘Bravo’. Para se ter uma ideia, o poderio ofensivo desta bomba era tão grande que alguns especialistas estimam que ela era 1000 vezes mais poderosa do que aquelas que foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão.
Ao todo, 67 armas nucleares foram testadas na região do Atol de Bikini, razão pela qual a localidade hoje não possui nenhum morador definitivo. Mesmo assim, alguns funcionários ligados ao governo dos EUA visitam o atol todo ano para “manter a ordem” na região.
5. Picher, Olklahoma – EUA

Picher é mais uma cidade dos Estados Unidos que precisou ser evacuada por conta de práticas pouco cuidadosas. O local durante muitos anos foi explorado por empresas de escavação, o que fez com que as autoridades estadunidenses expulsassem todos os moradores da cidade em determinado momento pois as casas e demais construções corriam sério risco de desmoronar.
Mas esse não era o único risco. Um estudo realizado em 1996 pelas autoridades dos EUA concluiu que 34% das crianças da cidade estavam sofrendo por intoxicação por chumbo, resultado da falta de cuidado com o lixo produzido pelas escavaçoes.
6. Wittenoom – Austrália

Durante os anos 60, a cidade de Wittenoom, na Austrália, era a maior produtora do amianto azul, que hoje sabemos que é extremamente mortal e pode causar uma série de doenças em seres humanos.
A partir do momento em que as autoridades ficaram sabendo que o amianto tinha essa propriedade negativa, orderam a limpeza de todos os resíduos desse material na cidade, mas mesmo assim, em 2013, Witeenom precisou ser fechada por conta dos níveis de toxicidade do local.
O processo, no entanto, não foi tão simples assim. Em 2015, o governo australiano precisou parar de prestar serviços para o município, em uma medida com o objetivo de deixar claro para todos os moradores que eles deveriam se mudar.
De qualquer forma, atualmente existem poucas pessoas (menos de uma dezena) que ainda vivem em suas casas, alheias às recomendações do governo e sem se importar com o isolamento.
7. Centralia, Pensilvânia – EUA

Centralia é uma cidade estadunidense que esteve em chamas durante 55 anos, e de acordo com estimativas pode queimar por mais alguns séculos. É que esta localidade, que outrora teve cerca de mil habitantes, possui um “inferno” subterrâneo, onde grandes quantidades de carvão queimam continuamente. Isso faz com que fissuras abram na superfície da cidade com alguma frequência, emitindo gases tóxicos e impedindo que o local seja habitado com segurança.
Mesmo assim, Centralia tem uma população de aproximadamente 10 pessoas, que se recusam de deixar a localidade mesmo com todos os perigos.
8. Chernobyl – Ucrânia

Bem, mais uma localidade super famosa. Chernobyl, que já foi assunto de vastas obras de literatura e cinema, foi o palco do desastre de 1986, quando uma planta nuclear explodiu e liberou uma quantidade absurda de radiação.
Ao todo, 28 pessoas morreram diretamente por conta do incidente, a grande maioria bombeiros e funcionários que tentavam conter as chamas. Mas muitas outras pessoas foram afetadas de forma indireta, desenvolvendo câncer e outras doenças relacionadas à radiação.
De acordo com estudos recentes, Chernobyl será inabitável para seres humanos por pelo menos 20 mil anos, mas isso não significa que você não pode visitar o local. Anualmente, são realizadas várias excursões, onde as pessoas são convidadas a conhecer de perto a cidade abandonada, com uma série de medidas de segurança, é claro.
9. Mar de Aral.

O Mar de Aral, apesar do nome, foi um grande lago localizado entre as fronteiras do Cazaquistão e do Uzbequistão, mas graças aos efeitos das mudanças climáticas o local já está quase completamente seco.
Atualmente, o lago possui 10% do seu tamanho original, e é considerado por muitos como um dos maiores desastre da nossa história enquanto civilização.
Para se ter uma ideia, a Ilha de Vozrozhdeniya, citada anteriormente nessa lista, ficava localizada no Mar de Aral, mas toda a água que circundava a região hoje já não existe, e deixou para trás um cenário completamente árido.
10. Zona de Exclusão de Fukushima – Japão.

Assim como Chernobyl, Fukushima também foi palco para uma grande explosão em uma planta nuclear. Ao contrário da cidade ucraniana, no entanto, o incidente japonês foi provocado por um terremoto que gerou uma tsunami, em 11 de março de 2011.
Apesar de todas as causas aparentemente naturais, uma série de investigações posteriores determinaram que o desastre poderia ter sido previsto, e que os operadores da planta nuclear falharam em seguir recomendações básicas de segurança.
O impacto ambiental na área da planta nuclear é bastante considerável, e ainda que ninguém tenha morrido por conta da explosão, os especialistas médicos acreditam que milhares de pessoas podem sofrer com câncer nas próximas três ou quatro décadas em decorrência do incidente.