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10 incríveis mistérios do mundo que finalmente foram solucionados

Leonardo Ambrosio

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Por muito tempo, a ciência falhou em explicar estes mistérios de forma plausível, mas agora felizmente nós já temos como respondê-los.

Você certamente conhece a maioria dos assuntos tratados nesta lista, mas talvez não conheça a explicação para alguns desses fenômenos, acontecimentos e fatos do nosso passado. Por muito tempo, a ciência falhou em explicá-los de forma plausível, mas agora felizmente nós já temos como respondê-los.

Confira:

A suposta filha do Czar Nicolas II

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Depois que o Czar Nicolas II, sua esposa e seus filhos foram aprisionados e assassinados pelos Bolcheviques, uma mulher passou a afirmar ser uma das filhas do Czar, que supostamente teria escapado das garras dos assassinos de seus pais com a ajuda de um grupo misterioso de benfeitores.

Durante muito tempo não ficou bem claro se a garota dizia a verdade ou não, mas sua história rendeu até mesmo um filme em Hollywood, no ano de 1956. Vários anos depois, em 1991, quando os restos mortais do Romanovs foram encontrados em Ecaterimburgo, ficou claro que faltavam dois corpos: O de um garoto e o de uma menina. A descoberta foi suficiente para chamar a atenção de todos novamente para a história.

No entanto, em 2007, arqueólogos encontraram um segundo túmulo, com mais uma série de restos mortais, que testados com o material genético de Nicolas II mostraram grande semelhança e fecharam o “mistério”. Todos seus filhos estavam lá, mortos há muito tempo e enterrados.

O triângulo das Bermudas

O triângulo das Bermudas
Shutterstock

Localizado no meio do oceano entre a Flórida, Porto Rico e Bermuda, o chamado “Triângulo das Bermudas” faz parte do imaginário popular há muito, muito tempo. Trata-se de um suposto local onde “forças misteriosas” simplesmente engolem embarcações, aeronaves e pessoas, que “nunca mais são avistadas”. Várias hipóteses já foram levantadas para tentar explicar as tantas embarcações que já foram perdidas na região, desde explicações alienígenas até a presença do gás metano, que é expelido por sedimentos do oceano.

O que poucos sabem é que, em 1975, um piloto chamado Lawrence David Kusche publicou uma investigação minuciosa sobre o caso, e descobriu que na verdade as pessoas podem estar acreditando em uma mentira. Isso porque sua pesquisa mostrou que normalmente as embarcações ou aeronaves que sofrem algum contratempo na região enfrentam acidentes fisicamente explicáveis – nada de sobrenatural.

Em uma outra pesquisa, a Guarda Costeira dos EUA também ressaltou que “não reconhece a existência do Triângulo das Bermudas como uma área geográfica com perigos específicos para embarcações ou aeronaves.

De fato, a região é conhecido por ser propícia a formação de tempestades e formação de furacões, o que podia ser um perigo na época em que a aviação não era tão avançada como hoje.

O que aconteceu com a Civilização Maia?

O que aconteceu com a Civilização Maia
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Um mistério que ronda aqueles que se interessam pela história do desenvolvimento dos seres humanos envolve a ruína da Civilização Maia, que é tida como uma das organizações humanas mais desenvolvidas no passado, tendo prosperado por muito tempo, até que “misteriosamente” entrou em colapso.

Muitos teorizam sobre uma suposta invasão alienígena, ou dizem que os Maias foram derrotados no campo de batalha por algum outro povo. A explicação, no entanto, pode repousar em outro problema: O desmatamento e a falta de cuidado com o meio ambiente.

Pesquisas apontam que os Maias acabaram por desmatar em excesso a região onde viviam, e por conta disso o solo ficou menos fértil, em decorrência do ambiente mais seco, e com menor incidência de chuvas. Isso os obrigou a abandonar algumas de suas maiores cidades, e consequentemente causou um colapso em toda organização social.

Quem era o “homem do guarda-chuva” na fotografia que antecedeu a morte de Kennedy?

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Pascal Le Segretain/Sygma/Corbis

Quando o presidente dos EUA, John F. Kennedy, foi morto em Dallas, uma das imagens que chamaram a atenção de todos foi esta que você vê logo acima. Nela, é possível ver um homem todo de preto, empunhando um guarda-chuva, ainda que o dia estivesse ensolarado, e sem probabilidade de chuva.

Rapidamente após a divulgação da fotografia, muitos começaram a conspirar e dizer que o homem provavelmente estaria envolvido na morte do presidente, seja sinalizando algo para o assassino, ou sendo ele mesmo o responsável pela morte do político.

Anos depois, no entanto, em 1970, um homem de 53 anos de idade chamado Louie Steven Witt se apresentou às autoridades como o “homem do guarda-chuva”. Witt disse que sempre odiou o pai de JFK, que havia sido embaixador do Reino Unido, Joseph P. Kennedy. Witt diz que este desapreço vem desde uma suposta “aceitação” da parte do pai de JFK às políticas de apaziguamento de Neville Chamberlain, primeiro-ministro da Grã-Bretanha, com Adolf Hitler à época da Segunda Guerra.

O que tudo isso tem a ver com a história?

Neville Chamberlain era uma figura caricata por vários motivos, e um deles é o fato de ele estar sempre empunhando um guarda-chuva. Por isso, Witt foi até lá, naquele dia, com o intuito de fazer uma provocação ao então presidente dos EUA.

Witt levou o guarda-chuva que utilizara no dia até as autoridades, e uma comissão especial determinou que o objeto não continha nenhum compartimento espacial ou armamento escondido.

O que aconteceu com a expedição do canadense John Franklin?

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Bettmann/CORBIS

O explorador John Franklin saiu do Canadá em 1845 com 128 tripulantes e suprimento de comida suficiente para três anos. Sua missão era encontrar uma rota que conectasse os oceanos Atlântico e Pacífico. No entanto, todos desapareceram, e não foram encontrados mesmo com mais de 30 expedições, que acabaram por provocar mais mortes do que o acidente inicial.

As primeiras pistas sobre a embarcação de Franklin surgiram apenas em abril de 1848, quando foi encontrada uma série de restos mortais relacionados a esta missão.

De acordo com o que se sabe atualmente, Franklin e 23 tripulantes morreram tentando liberar a embarcação, que acabou ficando presa no gelo. Os que sobreviveram, decidiram enfrentar a tundra canadense, e morreram por razões variadas (alguns, inclusive, recorreram ao canibalismo).

Um estudo de 1980, feito pelo antropólogo canadense Owen Beattie, concluiu que um dos principais motivos para a morte dos tripulantes não foi sequer a fome ou o frio, mas doenças como a tuberculose, agravadas por conta da intoxicação alimentar, provocada pela ingestão de alimentos enlatados com alta concentração de cobre.

Outro estudo, no entanto, discorda em partes da afirmação de Beattie, já que afirma que a intoxicação por cobre também pode ter sido causada pela exposição duradoura à Inglaterra dos anos 1800, que era intensamente poluída, não apenas por causa dos alimentos enlatados.

O que são as rochas deslizantes do Vale da Morte?

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WikiCommons

Em um local chamado Racetrack Playa, dentro do Vale da Morte, nos EUA, um estranho fenômeno chama a atenção da comunidade científica e da população em geral há muitos anos. Rochas com mais de 300kg misteriosamente se movimentam pelo local, deixando rastros pela superfície do deserto, sem que existisse, durante um bom tempo, uma explicação plausível para tanto.

Em 2011, pesquisadores do Instituto Scripps de Oceanografia, da Universidade da Califórnia, decidiu arregaçar as mangas e tentar explicar de uma vez por todas o fenômeno.

O que acontece é que Racetrack Playa, como o nome indica, é na verdade um lago seco, que durante o inverno acaba sendo preenchido com uma fina camada de água da chuva. Durante a noite, em dias mais frios, essa água fica completamente congelada, formando uma camada de gelo. Ao derreter, esta camada gélida lentamente se racha em vários pedaços, que são empurrados pelo vento ao redor do gelo – carregando também as pedras.

De fato, as rochas deslizam em uma velocidade bem lenta, mas é possível inclusive observar de longe o fenômeno, dependendo das circunstâncias.

O que foi o evento de Tunguska?

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Universal History Archive/Getty Images

O chamado “Evento de Tunguska” foi a queda de um objeto celeste na Sibéria, em 30 de junho de 1908, causando uma explosão e um incêndio que se alastrou por 2000 km². Cientistas calcularam que a explosão foi tão grande que liberou 1000x mais energia que a bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em Hiroshima, no ano de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.

Como os cientistas não conseguiram encontrar traços ou crateras provocadas pelo objeto celeste, muito se especulou, dizendo que o evento poderia ter sido causado por algum tipo de força movida por antimatéria, ou até mesmo alienígenas.

No entanto, cientistas ucranianos descobriram, em 2013, que o evento foi causado de fato por um meteoro, que provocou uma cratera dentro de um lago a 8km de distância ao norte do ponto inicialmente identificado pelos cientistas.

O que causou a morte do Rei Ricardo III?

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WikiCommons

Ricardo III é talvez um dos monarcas mais caricatos, e um dos vilões mais famosos da história da Inglaterra. Shakespeare, em suas obras, já relatava que Ricardo era um tanto megalomaníaco, e essencialmente mau.

O que a história nos conta é que Ricardo III morreu em 1485, na Batalha de Bosworth, mas o que por muito tempo foi um mistério é como exatamente esta morte ocorreu, e por que seu corpo nunca foi encontrado.

Todas as dúvidas foram sanadas somente depois de mais de meio milênio. Em 2012, um antigo túmulo foi descoberto embaixo de um estacionamento na cidade de Leicester, na Inglaterra. Os restos mortais desenterrados foram testados e deram positivo quando comparados ao material genético de Ricardo III.

Os pesquisadores determinaram, a partir do fato de que não havia ferimentos em suas mãos e braços, que ele provavelmente tirou o seu capacete durante a batalha, ou o perdeu, posteriormente morrendo em combate.

A construção das pirâmides

https://www.youaatube.com/watch?v=MIOP-_MiXD8

As pirâmides são um dos maiores patrimônios que os povos antigos deixaram para o mundo moderno. No entanto, apesar de muito apreciadas, por um longo tempo não se soube exatamente como elas foram construídas, e alguns até hoje ainda duvidam de quem tenta explicar. [10 mistérios do Egito Antigo que ainda não foram resolvidos]

O fato é que, em 2014, físicos da Universidade de Amsterdam concluíram, em um estudo, que os egípcios da época podem muito bem ter utilizado uma espécie de “trenó” para empurrar as pedras, usando argila ou até mesmo água como um tipo de lubrificante, para reduzir a fricção do solo.

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Leonardo Ambrosio tem 26 anos, é jornalista, vive em Capão da Canoa/RS e trabalha como redator em diversos projetos envolvendo ciências, tecnologia e curiosidades desde 2014.