São muitas as formas que as pessoas utilizam atualmente para buscar entretenimento, e nem todas são, digamos, “louváveis”. Certamente você conhece alguém que passa horas se divertindo matando o maior número possível de pessoas em games eletrônicos, roubando carros no GTA ou explodindo zumbis em Resident Evil. Não há, no entanto, nenhuma novidade nisso. Ao longo da história, as pessoas sempre se interessaram neste tipo de lazer “macabro”, e com o passar dos anos as atrações é que foram mudando de forma.
Nesta lista, você vai conhecer dez maneiras “bizarras” com as quais as pessoas do passado buscavam se divertir.
Confira:
1. Grand Guignol.
O Grand Guignol foi um teatro bastante famoso em Paris, inaugurado em 1897. Ele chamou bastante atenção na época por conta de suas apresentações macabras e sempre envolvendo temas pesados e violentos. Em algumas de suas peças, por exemplo, eram abordados temas como mutilação, assassinatos, torturas, etc. Quase todas suas histórias eram consideradas “amorais” para a época, e mesmo assim atraíam um grande número de pessoas curiosas para as apresentações.
2. Shows de “aberrações”.
Os shows de horrores eram bastante comuns nos Estados Unidos e em parte da Europa, e consistiam em apresentações teatrais e circenses que utilizavam, na maior parte do tempo, pessoas consideradas fora do “padrão”. Entre elas estavam deficientes físicos, pessoas com nanismo, com doenças genéticas raras, entre outras.
Estas “atrações” rodaram o mundo durante muito tempo, até que passou-se a questionar a viabilidade ética e moral deste tipo de entretenimento, e os ‘freakshows’, como eram conhecidos, foram extintos.
3. “Turismo de Gueto” (ou slum tourism).
O termo slum tourism surgiu em meados de 1880, quando integrantes das camadas mais ricas da sociedade começaram a pagar para viajar por países e cidades menos abastadas, com o intuito de conhecer a realidade dos mais pobres.
Por fora, a ideia não era totalmente bizarra, e muitos diziam que tratava-se de uma forma de conscientizar os ricos sobre a forma como os mais pobres viviam. No entanto, este tipo de turismo acabou se tornando um prato cheio também para os que tinham gostos mais mórbidos.
Infelizmente, ainda surgem notícias atualmente de lugares que continuam oferecendo este tipo de turismo, normalmente direcionado para áreas como favelas, subúrbios e países menos desenvolvidos.
4. As mulheres sem cabeça.
Na década de 1930, nos Estados Unidos, começaram a se espalhar apresentações que mostravam mulheres supostamente sem cabeça, mas que conseguiam se mexer devido a uma também fantasiosa “tecnologia super moderna”.
Obviamente, era tudo uma farsa, e não passava de um truque com espelhos e ilusões de ótica. De qualquer forma, muitas pessoas foram enganadas, e as apresentações estavam sempre lotadas.
5. Caça às Bruxas.
A Caça às Bruxas foi um episódio triste e cheio de passagens macabras que marcaram a história da humanidade. Muitas pessoas ganhavam a vida viajando pelo mundo e incutindo nas pessoas o medo da “bruxaria”, justificando qualquer tipo de comportamento fora do padrão como obra das “bruxas”.
Depois de aterrorizar a população dos lugares por onda passavam, essas pessoas protagonizavam verdadeiros espetáculos de horror, com julgamentos totalmente desprovidos de ética e que sempre terminavam na condenação de pessoas inocentes.
6. Sessões públicas de dissecação.

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Quando as pessoas ainda não tinha muitas outras formas de se divertir, até mesmo o procedimento de dissecação, realizado por um cirurgião, era considerado como um evento interessante para o público em geral. Muitas pessoas pagavam ingressos caríssimos para assistir o processo.
As entradas costumavam ser mais caras conforme a gravidade do problema que tivesse levado a pobre vítima à morte.
7. Batalha de cães.
A prática de colocar cães para lutarem entre si remonta a épocas tão antigas quanto a história do Império Romano. Durante o século 12, no entanto, este tipo de “entretenimento” ganhou bastante força em muitos países, especialmente na Inglaterra. Não demorou muito para que, através dos anos, várias outras nações também acompanhassem a propagação deste tipo de “esporte”, que sempre foi marcado pela extrema crueldade com os animais.
Ainda nos anos 1860, a prática desta modalidade foi proibida nos EUA, mas até hoje alguns países como a Rússia e a China têm dificuldade em impedir que as pessoas continuem maltratando os cães desta forma.
8. O macabro espetáculo das execuções públicas.

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Ao longo da história, o ser humano nunca soube muito bem como lidar com os seus criminosos. Mesmo hoje em dia, nas nações mais desenvolvidos, especialistas divergem sobre a melhor forma de punir os crimes cometidos por infratores.
Se atualmente a maioria dos países já aboliu as penas de morte, estas eram muito comuns no passado.
E o que mais chama atenção neste processo é que o momento da execução era encarado como um espetáculo, acompanhado por milhares de pessoas que inclusive viajavam para presenciar as cenas de violência. A França, por exemplo, foi um dos países que mais executou publicamente os seus criminosos. O último condenado a ser executado publicamente no país morreu em 1939.
9. Turismo em manicômios.
A curiosidade do ser humano muitas vezes se manifesta de forma mórbida, e o turismo em guetos, abordado anteriormente nesta lista é um bom exemplo disto. Outro exemplo é o turismo em manicômios, que foi bastante comum em vários países durante muito tempo.
No Reino Unido, durante os anos 1800, a instituição St. Mary Bethlehem (também conhecida como Bedlam) permitia que o público em geral visitasse suas dependências, onde viviam pessoas com os mais variados tipos de enfermidades mentais.
Estas visitas, no entanto, não tinham intuito educativo, e muitas vezes os visitantes eram inclusive encorajados a “cutucar” e provocar os pacientes caso eles estivessem calmos demais.
10. Crimes como entretenimento.
Talvez uma das manifestações mais bizarras de como o entretenimento pode ser bastante mórbido para algumas pessoas são os vários casos registrados de crimes que acabaram rendendo muito dinheiro para certas pessoas.
O local de morte dos famosos criminosos Bonnie e Clyde, por exemplo, foi inundado por pessoas coletando a maior quantidade possível de “souvenirs” do local: estilhaços de vidro, cápsulas de balas, retalhos ensanguentados, entre outros. Tudo isso era posteriormente vendido para as várias mentes “estranhas” que buscavam tais produtos.
Além disso, vários criminosos eram contratados para contar ao público como realizavam os seus crimes, e inclusive encenar a forma como eles eram cometidos, recriando assassinatos, roubos a banco, etc.